sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

VILA DOS GAMBOS COM TELEFONE E INTERNET

O acesso à Internet e ao telefone celular, que há meia dúzia de anos parecia um luxo impossível para muitos habitantes dos Gambos é hoje uma realidade tangível. Com 151.375 habitantes, na sua maioria dedicados à agro-pecuária, os Gambos podem hoje ligar-se ao resto do país e ao mundo através de um simples toque de telefone celular ou por um simples clic no computador.
As novas tecnologias de informação e comunicação estão a transformar a vida das pessoas. O pequeno José Samuel, de 11 anos, residente na vila de Chiange, sede do município dos Gambos, não esconde a sua satisfação por ser um dos utilizadores das novas tecnologias de informação e comunicação. 
No seu rosto de menino é enorme a alegria por ter, pela primeira vez, um telemóvel, oferta do pai como prenda por ter passado de classe.
Conta, radiante, que agora, com o sinal da Unitel, fala à vontade e a qualquer hora com os familiares, amigos e colegas que tem espalhados pelo país e pelo mundo.
O pequeno José Samuel disse que nestas férias grandes, além do sinal da Unitel e Internet, está também satisfeito porque o Governo está a fazer outras coisas boas no município, como a construção da escola de 13 salas, onde terminou o ano lectivo.
“Durante o ano lectivo aprendi a manusear o computador, porque na escola nova onde estudei foram instaladas salas de informática com computadores conectados à Internet. Foi também construído um ginásio com equipamentos modernos”, sublinhou.
As novas infra-estruturas escolares, rodoviárias, de telecomunicações, abastecimento de água potável e energia eléctrica e outras que aquela municipalidade ganhou em 2010, mereceram também do camponês António Cangolo palavras de elogio.
Cangolo considera que a vida nos Gambos está cada vez melhor. Já lá vão os tempos em que percorrer por estrada os 22 quilómetros que ligam a comuna de Chibemba à vila de Chiange era um autêntico martírio.
António Cangolo sublinha que antes da reabilitação da estrada, hoje completamente asfaltada, levava cerca de duas horas para percorrer os 22 quilómetros. Actualmente, precisa apenas de 30 minutos para chegar a Chiange de moto. Recorda ainda que devido ao mau estado da estrada, a quantidade de táxis que fazia o percurso Chibemba-Chiange era diminuta, dificultando a circulação de pessoas, as trocas comerciais entre o campo e a cidade e, como consequência, os preços dos produtos básicos disparavam.
“Graças à reabilitação da estrada, produtos básicos como sal, sabão, açúcar, arroz, massas alimentares, frango importado e até o peixe fresco e a cerveja nacional começaram a chegar ao município a preços acessíveis”, disse visivelmente satisfeito.

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