O chefe da brigada técnica do café, no município do Libolo, na provincial do Kwanza-Sul, José Pedro, afirmou que a produção do café comercial está na ordem das 1.038 toneladas, como resultado do empenho dos sectores camponês e empresarial da região.
De acordo com José Pedro, as metas atingidas ainda não são satisfatórias, tendo em conta os vários condicionalismos que afectam os produtores, como a falta de incentivos financeiros, o baixo custo do produto no mercado, sendo comercializado a 45 kwanzas o quilo de mabuba, enquanto o café comercial está cotado em 90 kwanzas, e a degradação das vias de acesso entre as áreas de produção e as sedes municipais.
O chefe da brigada técnica do café no Libolo disse que a outra contrariedade que enfrenta tem a ver com o reduzido número de máquinas de descasque, contando actualmente em toda a extensão do município com 14 descasques, das quais um móvel com o apoio de cinco operadores privados.
O programa de reabilitação das áreas cafeícolas, iniciado em 2004 e que contou com o financiamento do fundo comum, incentivou os cafeicultores a alargar as parcelas de cultivo, com resultados animadores, razão pela qual José Pedro considera que o Governo deve gizar outros programas para dar continuidade ao processo iniciado naquele ano.
“O programa de reabilitação de áreas cafeícolas foi um grande incentivo para os cafeicultores, mas é necessário que surjam outros programas que possam dar continuidade às acções iniciais”, defendeu.José Pedro defende, por outro lado, o crédito aos produtores do café e a subvenção do preço do café pelo Estado, como condição para incentivar a produção no país e apela no sentido de cada angolano encarar a produção do bago vermelho como sendo um dever.“O café foi uma das riquezas que desenvolveu Angola e é, portanto, uma relíquia. Por isso, manter a cultura do café é também uma honra”, concluiu.
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