O acto central das comemorações do Dia dos Mártires da Repressão Colonial que se realiza sob o lema "Honremos os mártires da pátria, promovendo o desenvolvimento de Angola", realiza-se hoje em Teka dia Kinda, município do Quela (Malange) onde centenas de camponeses foram enterradas a 4 de Janeiro de 1961.
O acto vai ser presidido pelo ministro da Administração do Território, Bornito de Sousa, e o programa inclui mensagens da associação nacional da Baixa de Cassanje, intervenções do governador da província de Malange, Boaventura Cardoso, e do ministro. O acto culmina com um almoço de confraternização na sede municipal do Quela, a 115 quilómetros da cidade de Malange. A delegação ministerial regressa ainda hoje à capital do país.
Boaventura Cardoso afirmou, no domingo, que a escolha da localidade do Teka dia Kinda para acolher o acto central do dia dos Mártires da Repressão Colonial "representa uma homenagem aos camponeses que pereceram naquela ocasião e a todos os mártires da repressão colonial".
Em Teka dia Kinda encontra-se uma vala comum com os corpos de camponeses massacrados em 1961.
Construção de um Memorial
A ideia da construção, este ano, em Teka dia Kinda, de um memorial em homenagem aos camponeses assassinados brutalmente na região, mantém-se de pé.
Boaventura Cardoso disse à imprensa que o projecto, inscrito no âmbito dos Investimentos Públicos para o período 2011-2012, consiste na construção de um Memorial em homenagem às vítimas do referido massacre e de um condomínio social.
Com a construção do memorial, afirmou, pretende-se honrar um compromisso assumido pelo primeiro Presidente de Angola, Agostinho Neto, na sua última deslocação a Malange, em Agosto de 1979, com a população daquela localidade. O governador não avançou os valores para o investimento, mas afirmou que "o Memorial e o condomínio social devem dignificar os sobreviventes do massacre".
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