quarta-feira, 20 de abril de 2011

A PONTE SOBRE O RIO KWANZA POSSIBILITA DESENVOLVIMENTO DE TODO O SUL DE ANGOLA

A ponte do Rio Kwanza, reinaugurada no ano passado, é hoje uma das principais coqueluches de um dos municípios mais famosos de Angola, Cangandala. Inactiva por mais de 15 anos, a ponte vai levar até à província de Malange, em particular àquele município, muitos turistas interessados em conhecer, no seu habitat, a Palanca Negra Gigante, símbolo de Angola.
Com 310 metros de comprimento e 7,5 de largura, 35 para cada faixa de rodagem, a ponte do Rio Kwanza vai permitir a ligação da cidade de Malange a todas as províncias do Centro e Sul de Angola.
As obras iniciaram-se em Julho de 2008 e a ponte foi reinaugurada a 10 de Novembro último pelo ministro da Administração do Território, Bornito de Sousa, no quadro das festividades da Independência Nacional.
A reabilitação da ponte, destruída durante o conflito armado, possibilita a circulação entre as províncias de Malange, Kwanza-Sul, Bié, Huambo, Lundas Norte e Sul.
Os trabalhos de recuperação da estratégica infra-estrutura incluíram o reforço de sapatas e pilares antigos, a reposição dos pilares e arcos destruídos, execução do alargamento de todo o tabuleiro, pintura, pavimentação, sinalização e drenagens.
Outras obras A cidade de Malange vai beneficiar de outras obras, segundo dados do Ministério das Obras Públicas. Em curso estão mais de 900 mil metros de estradas, sendo a mais extensa a que liga Calandula-Cuale-Massango, numa extensão de 148 quilómetros, depois Malange-CulamagiaMussolo.
Em perspectivas de reabilitação e/ou construção estão também as estradas que ligam MangandoQuihuhu-Sanza Pombo, numa distância de 221 quilómetros, Marimba Quizela-Cuale (140 km) e Cambundi Catembo-Xassengue (90 km).
Malange conta nesta altura com uma rede viária de mil e 902, 5 quilómetros. O investimento do Estado nas estradas nessa região vai rondar os 208 mil milhões de kwanzas, segundo dados do

LUANA PARK - NOVO MERCADO RETALHISTA



Luanda ganha mais um hipermercado, cujas portas devem abrir no próximo ano. O empreendimento vai ser construído no município da Camama, município do Kilamba Kiaxi, junto do Estádio 11 de Novembro, e foi apresentado esta quarta-feira.
O Luana Park terá um espaço de 25 mil metros quadros de área comercial, 17 mil metros quadrados para armazéns de apoio e logística, e um parque de estacionamento para receber mil e 150 viaturas.
Os proprietários do Luana Park, segundo informações da sua assessoria, pretendem ter marcas internacionais nos seus espaços comerciais, estimado em 25 mil quadrados. Luana Park é um dos pioneiros no formato de retail park, em Luanda, e pretende estar entre os melhores já existentes no mercado angolano.
O pré-lançamento decorreu durante o Salão Imobiliário de Lisboa, em Outubro do ano passado, na presença de potenciais investidores internacionais. Sob o lema “um espaço para comprar em grande, o Luana Parke foi apresentado ao mercado angolano e aos operadores de retalho esta quarta-feira, mostrando-lhes os aspectos mais importantes do projecto.
Os gestores do empreendimento reafirmaram a vontade de atrair as “insígnias” internacionais de maior referência nas áreas de equipamento lar e decoração, lazer, cultura e restauração.
José Castro, representante do empreendimento, diz que Luana Park representa a nova vaga do melhor que se faz na área. “Angola é um mercado com grande potencial e de expansão natural para os operadores nacionais, uma vez que a língua não é uma barreira. Temos sentido por parte dos nossos clientes o interesse por este mercado, onde há muita procura mas ainda não há equipamentos comerciais para fazer face a esta procura, eis porque surge o Luana Parke”.


ESTABELECIMENTO DE ENSINO NA CADEIA DE VIANA

O Ministro da Educação, Pinda Simão, considerou que de excelente a iniciativa do Ministério do Interior em abrir uma escola do ensino secundário na cadeia de Viana, em Luanda.
Segundo o governante, a mesma representa a sob valorização humana dos reclusos. “Esta é uma forma de se dar oportunidade destes na sociedade”, disse.
Quanto aos professores que irão leccionar nesta escola, disse que os mesmos estão garantidos e naquilo no que compete ao material escolar, sobretudo a alfabetização, o seu pelouro também vai apoiar.
Importa referir que estruturas do ensino do género também serão construídas nos diversos estabelecimentos prisionais do país.
Os serviços prisionais controlam actualmente ao nível do país uma população penal de 19 mil 465 reclusos internados em 34 estabelecimentos prisionais, destes 80 porcento tem idade inferior a 30 anos e 68 porcento desses reclusos tem nível de escolaridade abaixo da 6ª classe.

PARLAMENTARES REUNIDOS EM SESSÃO ORDINARIA

A Assembleia Nacional reúne-se terça-feira, na sua 20ª sessão plenária ordinária, para, entre vários diplomas, analisar e votar na especialidade a Proposta de Lei do Investimento Privado e a Proposta de Lei de Autorização Legislativa sobre o Recenseamento Geral da População e Habitação.
O plenário tem ainda na sua agenda a análise e votação definitiva, depois do aval positivo das comissões de especialidade, as propostas de leis sobre a Protecção de dados Pessoais, sobre o Combate à Criminalidade no Domínio das Tecnologias de Informação e Telecomunicações e dos Serviços da Sociedade de Informação, bem como a Proposta de Lei Quadro das Comunicações Electrónicas e dos Serviços da Sociedade de Informação.
Os últimos pontos da ordem de trabalhos prendem-se com a movimentação de deputados e a apreciação do orçamento da Assembleia do Fórum Parlamentar da SADC que o país vai albergar, em Junho próximo.
Aquando da discussão nas comissões de especialidade da proposta legislativa sobre o Recenseamento Geral da População e Habitação, o vice-ministro do Planeamento, Pedro Luís, disse que é necessário o conhecimento quantificado, rigoroso e oportuno das características estruturais da realidade demográfica e socio-económica angolana.

CENSO DA POPULAÇÃO ANGOLANA JÁ TEM LUZ VERDE

A ministra do Planeamento, Ana Dias Lourenço, anunciou ontem na Assembleia Nacional que o recenseamento geral da população e habitação vai ser realizado em 2013. 
A ministra, que falava durante a apreciação da lei de autorização legislativa sobre o Recenseamento Geral da População e Habitação, esclareceu que a realização do censo não pode ser antecipada por se tratar de um trabalho complexo e exaustivo. "A prática internacional requer pelo menos três anos de preparação", disse a ministra, para acrescentar: "vamos, nos próximos dois anos, preparar convenientemente a operação estatística, para que possa ser realizada em 2013".
Ana Dias Lourenço refere que o recenseamento é efectuado em 2013, no período do cacimbo e de férias escolares. Feitas as contas, a data provável é às zero horas do dia 16 de Julho de 2013. A operação de campo vai de 16 de Julho a 18 de Agosto, segundo a ministra do Planeamento. "A execução financeira do censo vai constar em todos os Orçamentos do Estado, a partir do momento em que está dada a autorização legislativa para o Chefe do Executivo legislar", explicou a ministra do Planeamento. 
Ana Dias Lourenço disse, também, que há recomendações internacionais que aconselham a não realizar os registos estatísticos em ano de eleições. "Como 2012 é ano de eleições, então pode não ser o período indicado para o censo", disse a ministra. 
Os censos, segundo Ana Dias Lourenço, permitem também definir os objectivos e prioridades para políticas de desenvolvimento, planeamento do território e urbanismo, proceder a estudos de mercados e sondagens de opinião e investigação em ciências sociais e políticas. As Nações Unidas recomendam que os países realizem censos em intervalos regulares de pelo menos de dez anos. Os deputados foram unânimes em reconhecer a pertinência na aprovação da lei de autorização legislativa sobre o Recenseamento Geral da População e Habitação.
Nas intervenções, deputados da UNITA e do MPLA falaram da importância do diploma. Clarisse Caputo, da bancada parlamentar da UNITA, considerou bem-vindo o documento e afirmou que o censo é uma necessidade imperiosa para o país. O deputado João Pinto, do MPLA, disse que o diploma trata de uma matéria de interesse também económico para se poder planear a economia do país e a distribuição do rendimento nacional.

CASAS PARA A JUVENTUDE SÃO ENTREGUES EM JUNHO

O director provincial da Juventude e Desportos no Cunene, António José Wakanhuku, anunciou na semana finda, no município de Namacunde, a entrega de dois bairros sociais da juventude em Junho próximo, no âmbito do Programa Angola Jovem. O responsável, que falava durante as comemorações do Dia da Juventude Angolana, assinalado a 14 de Abril, disse que vão ser entregues 92 casas, sendo 72 na cidade de Ondjiva e 20 na vila de Xangongo. O projecto contempla ainda a ampliação da Casa da Juventude em Ondjiva.
Segundo José Wakanhuku, 260 jovens enquadrados em 26 cooperativas beneficiaram já de microcréditos, no âmbito de um programa aprovado em 2005 pelo Executivo, para apoiar a juventude empreendedora.
José Wakanhuku afirmou que 505 jovens, de seis municípios, beneficiaram também de kits profissionais e de material de construção.
Ainda no âmbito do Programa Angola Jovem,acrescentou, foram construídos no Cunene 11 campos de futebol, quatro polivalentes e um multiuso, para apoio às actividades desportivas, culturais e recreativas da juventude.
"É necessário que o movimento juvenil, o associativismo, como parceiro do Executivo, reforce e aperfeiçoe os mecanismos de actuação, para que os projectos virados para a melhoria das condições dos jovens possam ser realizados dentro da programação do governo local", disse José Wakanhuku, que deu a conhecer que constitui prioridade para os próximos tempos a reintegração de jovens portadores de deficiência em tarefas socioprofissionais e desportivas.

OPEP - PREOCUPADA COM PREÇOS ALTOS

O secretário-geral da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), Abdullah El Badri, disse, ontem, que os países produtores estão preocupados com o preço alto do crude e que os mercados foram abastecidos suficientemente. 
“O alto preço do petróleo é preocupante”, disse Abdullah El Badri aos jornalistas, a propósito da escalada dos preços. 
O mesmo responsável falava à margem de uma mesa-redonda entre os ministros asiáticos da Energia que decorre no Koweit, durante a qual deve ser discutido o impacto dos preços do petróleo na economia. 
O crude leve contratado em Nova Iorque (Bolsa Nymex) valia 108,64 dólares por barril nas operações electrónicas, menos 0,94 por cento relativamente ao fecho de sexta-feira.
O petróleo caiu pela primeira vez em quatro dias, em Nova Iorque. A forte descida foi prescrita pela Arábia Saudita, maior exportador mundial.
A Arábia Saudita tinha alertado que o mercado global dispunha de bastante petróleo para satisfazer a procura, de acordo com a agência noticiosa financeira Bloomberg.
O Brent do Mar do Norte, negociado em Londres, estva, ontem, a cair 1,58 por cento para 121,5 dólares por barril. 
Também o barril de crude WTI, negociado na Nymex, estava em queda acentuada de 2,43 por cento para 106,99 dólares por barril.
Os futuros deslizaram até 1,9 por cento depois do ministro do Petróleo da Arábia Saudita, Ali al-Naimi, ter anunciado que o mercado estava com “excesso de oferta”. 
A China, o maior consumidor mundial de petróleo, cortou os requisitos de reserva dos bancos para impedir o aumento da inflação.
“Os sauditas anunciaram que os mercados estão bem abastecidos, se não mesmo sobrelotados”, disse Gene McGillian, analista e corretor do Tradition Energy em Connecticut, nos Estados Unidos. 
A Arábia Saudita afirmou que vai repor qualquer falha na produção, como resultado dos conflitos e da instabilidade política na Líbia. 
Esse país africano e árabe reduziu no mês passado a produção de petróleo para 8,3 milhões de barris por dia após ter produzido 9,02 milhões de barris em Fevereiro, referem dados oficiais divulgados, ontem, no site Joint Organization Data Initiative.