domingo, 16 de janeiro de 2011

ALDEIA NOVA NA PRODUÇÃO DE AÇUCAR

O Projecto Aldeia Nova vai começar a produzir açúcar nos próximos dois anos, em Wako Kungo, província do Kwanza-Sul. Já estão mobilizadas mais de duas mil famílias de antigos militares, que neste momento se empenham na produção de cana-de-açúcar. 
Num espaço de 600 hectares, o Projecto Procana pretende fornecer cana-de-açúcar para Lonhi, local onde vai ser instalada a refinaria e onde vão ser cultivadas 25 mil hectares de cana-de-açúcar.
No Wako Kungo, província do Kuanza-Sul, 600 hectares de terra já estão disponíveis e vão ser aplicadas tecnologias modernas para a sementeira da cana.
“A fábrica que vamos montar é moderna e pode produzir durante metade do ano. Pretendemos produzir para o mercado interno, o que implica o Governo publicar uma Lei de Protecção do Mercado. Se tal ocorrer, vai ser possível misturar etanol com a nossa gasolina”, realçou José Cerqueira.
A produção de etanol está dependente da aprovação da Lei de Protecção do Mercado. “Se o Executivo fizer isso, produzimos etanol. Se não, produzimos açúcar”, explicou.
José Cerqueira, presidente do Projecto Aldeia Nova, diz que há mercado para exportação do etanol. 
“Caso se misture o etanol à nossa gasolina ficamos com mais petróleo para exportar para a Europa e Estados Unidos. Todos os países desenvolvidos têm compromissos no quadro da luta contra o aquecimento global, que consiste em misturar etanol com gasolina”, referiu, acrescentando: “se o Japão, China, Estados Unidos e Europa cumprirem essas promessas vai haver um mercado enorme”.
O optimismo, disse, é reinante mas a falta de dinheiro causou um ligeiro atraso na produção de cana no ano passado, altura em que a fractura de financiamento da parte do Governo se evidenciou. “A cana devia ser cortada. Não o fizemos a tempo e por isso, está a ganhar flor”, lamentou. 
Relativamente a outras áreas do Projecto Aldeia Nova, José Cerqueira falou dos resultados alcançados no ano passado e reconhece não ter sido um bom ano, embora as famílias comecem a sentir, cada vez mais, os benefícios dos aldeiamentos.
“Foi um ano horrível. Tínhamos um mecanismo de financiamento instável. Não é normal ter uma linha de crédito que no fundo estava a funcionar como conta corrente e o Governo resolveu pôr fim a isto, apesar de não ter criado mecanismo alternativo”, disse José Cerqueira à LAC.

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