As autoridades aeronáuticas angolanas continuam por desmistificar os mistérios em torno do avião B200 do Grupo Chicoil, desaparecido desde o dia 21 de Maio, apesar de todo o esforço desenvolvido até ao momento e sem uma solução à vista.
A caminho de completar dois meses desde o desaparecimento do B-200, ainda não existe um horizonte temporal para cessarem-se as buscas, revelou a O PAÍS, o director do Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes Aeronáuticos, o engenheiro Luís António Solo.
Por outro lado, a fonte disse que aquele órgão contínua a aguardar que as instâncias superiores aprovem o plano de operações de buscas em águas profundas, conforme tinha anunciado exclusivamente a este Jornal há cerca de um mês.
O plano implica um grande esforço nas mais variadas vertentes, incluindo, desde já, o recurso à mão de-obra qualificada, com apoio de alta tecnologia, capaz de responder aos desafios que a presente situação coloca, representando uma das últimas esperança dos órgãos envolvidos nas buscas para localizarem o avião.
Esta diligência decorre da ausência de resultados satisfatórios nas acções de busca e salvamento já efectuadas, tendo em consideração a presente fase de aflição, situação que ocorre quando se tem a certeza de que uma aeronave e os seus ocupantes estão sob perigo iminente que requer assistência imediata.
Desapareceu há dois meses
O avião B-200 matrícula D2-FFT propriedade da Chicoil desapareceu dos radares da torre de controlo do Aeroporto Internacional 4 de Fevereiro, local onde deveria aterrar à 00:30 minutos, na noite do dia 21 de Maio.
A aeronave era proveniente de Ponta Negra, República do Congo-Brazzaville, aonde a tripulação se havia deslocado em serviço de evacuação médica, conforme atesta a informação do dossiê que autorizava o despacho do voo. A aeronave desapareceu após manter um último contacto com a torre de controlo às 00:20 minutos quando reportou 30 milhas náuticas ao passar o nível de voo FL119 (11900 pés de altitude), sendo autorizada a descer para a altitude de 3000 pés para uma aproximação por instrumentos ILS, instruções que a tripulação confirmou através do procedimento aeronáutico conhecido em inglês por reedback.
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