sexta-feira, 30 de julho de 2010

CARLOS CRUZ E A PEDOFILIA

Acompanhei com alguma incredulidade o inicio das acusações e toda a informação (ou desinformação) que a comunicação social de forma apaixonada como é seu apanágio, especialmente quando os visados são figuras públicas como foi o caso do apresentador Carlos Cruz, fez deste episódio.
Confesso que à época fiquei na dúvida, tais eram as provas "ou supostas provas" que este meios nos brindavam, ajudando-nos a julgar e condenar uma pessoa muito querida para a maioria dos portugueses, muito embora o conhecessemos apenas dos ecrans das televisões.
Os dias foram passando, os meses e os anos e hoje quando lemos e ouvimos os mesmos órgãos de comunicação social, não nos deixamos de perguntar: se na altura tinham tantas certezas, tantas provas, o porquê de hoje volvidos estes anos, serem essas mesmas fontes que nos ajudam a culpar por termos julgado e condenado um homem de que todos gostavamos e numa altura em que mais precisava, a maioria de nós voltou-lhe as costas.
Quando li hoje no Correio da Manhã a entrevista que o Carlos Cruz deu àquele jornal, senti-me deveras incomodado, pois embora seja apenas um anónimo cidadão e do que pensasse em nada contribuisse para ajudar ou prejudicar o Carlos Cruz, ainda assim senti-me mal, pois as suas palavras são do homem que conheci antes destes acontecimentos e embora nunca tivesse o privilégio de o conhecer pessoalmente, creio que ninguém é tão fingido e por isso digo francamente que não tenho dúvidas da sua inocencia.
Quando se destroi a vida de alguem inocente, não há mesmo palavras que possamos pronunciar para encorajar essa pessoa a seguir em frente, especialmente quando nós próprios nos apressamos a fazer um julgamente apressado, influenciados por esses meios onde o Carlos Cruz se movimentava com alguma facilidade e daí o nosso "pecado".
Desculpa Carlos, já deviamos saber que quando mais precisamos, são os que nos são mais proximos que nos ajudam a enterrar.

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