quinta-feira, 21 de outubro de 2010

ISAIAS SAMAKUVA LANÇA ACUSAÇÕES A JOSE EDUARDO DOS SANTOS


O Presidente da UNITA, Isaías Samakuva, afirmou, ontem, em Luanda, que o Presidente da República de Angola, José Eduardo dos Santos, “não retratou fielmente o Estado da Nação nem apontou os caminhos a seguir para o alcance dos objectivos de Angola” no seu discurso proferido no Parlamento.
“O Presidente José Eduardo dos Santos foi ao Parlamento sem legitimidade democrática, não apontou os caminhos a seguir  para o alcance dos objectivos da República de Angola e não retratou fielmente o Estado da Nação”, disse Samakuva durante uma Conferência de Imprensa no Hotel Trópico, em reacção ao discurso proferido pelo Presidente, no Parlamento.
Samakuva afirmou que o discurso sobre o Estado da Nação “não é o momento para se fabricar legitimidade nem para fazer campanha partidária” e frisou, também, que o “Presidente de transição” não disse “porque não convocou as eleições Presidenciais em 2009 e reduziu o papel do Parlamento e do Governo como órgãos de Soberania do Estado”. 
“ O Presidente afirmou que as reservas externas do Estado eram de 18 mil milhões de dólares e que estas reservas baixaram para 12.6 mil milhões no final do último trimestre, mas não disse onde foram parar estes seis mil milhões”, sublinhou Samakuva. Sobre este tema referiu mesmo que “agora, o Executivo também não foi capaz de explicar aos angolanos onde foi parar o dinheiro que é desviado do Tesouro Nacional”. O Presidente da UNITA acrescentou que José Eduardo dos Santos utilizou a ida ao Parlamento “para exibir elementos da vitória do seu regime autoritário e duma economia desintegrada e dependente do exterior”.
Para o líder do Galo Negro, o Executivo conhece mal o país, promove assimetrias territoriais e mostra-se incapaz de estruturar um sistema de educação e ensino que satisfaça as necessidades da economia. Samakuva considerou que o discurso do Presidente da República em relação à questão de Cabinda foi positivo e defendeu “o diálogo genuíno com as partes envolvidas no conflito para encontrar a sua solução”.

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