sexta-feira, 15 de outubro de 2010

ELSA BÁRBER NA DEFESA DOS CONSUMIDORES

A directora-geral do Instituto Nacional de Defesa do Consumidor (INADEC), Elsa Bárber, considerou na quarta-feira, em Luanda, haver no país uma relação de consumo desequilibrada, na qual o fornecedor de bens e serviços ainda aparece com alguma superioridade.
Em declarações à imprensa, à margem do seminário sobre boas práticas no manuseamento dos alimentos, inserida no âmbito do Dia Mundial da Alimentação que amanhã se assinala, afirmou que apesar do trabalho já desenvolvido pela instituição, as coisas não mudam de um dia para outro. “Há práticas enraizadas, mas nós com as nossas campanhas estamos a tentar mudar essa situação”. Segundo Elsa Bárber, determinadas empresas não respeitavam o INADEC quando eram autuadas e até se davam ao luxo de não pagarem as multas, o que é uma fuga ao fisco. A responsável apelou aos fornecedores de produtos a zelarem pela aplicação de boas práticas de higiene na comercialização dos bens alimentares, tendo sempre em vista que o mau manuseamento influencia a sua qualidade.
Para ela o seminário reveste-se de grande importância, uma vez que permite aos trabalhadores adquirirem noções práticas sobre a comercialização de produtos, higiene, manuseamento, conservação de alimentos e controlo de pragas.
O INADEC visa, entre outros aspectos, assegurar que os bens e serviços postos à disposição dos consumidores satisfaçam as suas legítimas aspirações de consumo e ajudar as empresas a serem mais competitivas quanto à qualidade e aos preços dos bens e serviços.
Por seu turno, Marcelino Caminha, secretário-geral da Associação da Defesa do Consumidor (ADECOR), disse à Angop considerar o fornecedor como o elemento mais preocupante para a associação, por ter a responsabilidade directa e individual na qualidade dos produtos, garantindo o acondicionamento, a manipulação, o armazenamento e a conservação dos produtos.
“O primeiro defensor do consumidor é o próprio consumidor, porque ele deve reclamar de forma directa junto do fornecedor para resolução mais rápida do conflito e só depois é que deve reclamar, denunciar e recorrer ao apoio dos organismos oficiais e particulares e aos tribunais para fazer valer os seus direitos”, salientou o secretário da ADECOR.

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