quarta-feira, 27 de outubro de 2010

CONDA COM FALTA DE MEDICOS


O sector da Saúde no município da Conda, no Kwanza-Sul, necessita de pelo menos três médicos especializados em distintas áreas para acudir aos casos específicos que ocorrem na localidade.
Neste momento, o município conta apenas com uma médica pediatra estrangeira, que normalmente atende a maioria dos pacientes que diariamente afluem ao hospital municipal.
De acordo com o chefe de repartição municipal da Saúde, Miquinho Numboca, apesar destas dificuldades, a Conda obteve ganhos após a Independência Nacional, especialmente depois do 4 de Abril, que permitiu a construção, reabilitação e apetrechamento de 19 unidades sanitárias em toda a extensão do município. Destas, a da localidade de Maria Helena, nas cachoeiras da Binga, encontra-se temporariamente encerrada por falta de técnicos.
O responsável adiantou que o hospital municipal, que tem uma capacidade de 42 camas, chega a internar mensalmente mais de 200 pacientes. Por isso, solicita a ampliação do mesmo para fazer face às necessidades da população, assim como defende a necessidade de se reforçar a equipa de 45 enfermeiros. Miquinho Numboca apontou que, durante o último trimestre, se registaram 4.382 casos de diferentes enfermidades, sendo 1.393 de malária, 436 de anemia, 399 de diarreia, 326 de doenças respiratórias e 262 de doenças diarreicas agudas.
Luta contra a malária paralisada
O chefe de repartição da Saúde mostrou-se preocupado com a paralisação das actividades do programa nacional de luta contra a malária. Segundo o responsável, tal deve-se ao facto de ter sido reduzido, em Agosto último, o efectivo de sete para apenas três técnicos por alegada falta de incentivos.
Miquinho Numboca pediu às estruturas ligadas ao sector para envidarem esforços no sentido de ser retomado o curso normal do programa, para evitar o aumento do número de internamentos no hospital, sobretudo nesta época chuvosa.
De acordo com o responsável, no terceiro trimestre deste ano, o hospital registou 111 nascimentos, dos quais três nados mortos. A nível dos postos sanitários registaram-se 103 nados vivos e nove vieram a falecer.

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