domingo, 26 de dezembro de 2010

MILHARES DE MINAS REMOVIDAS DO KUANDO KUBANGO


A Comissão Nacional Inter-sectorial de Desminagem e Assistência Humanitária (CNIDAH) removeu, desde 2008 , no Kuando-Kubango, 32.765 minas anti-pessoal, 17.193 anti-tanque, 41.795 uxo, 5.321 munições e 2.490 armas diversas. 
As operações foram  realizadas nos municípios de Menongue, Cucchi, Calai, Mavinga, Cuito Cuanavale, Cuangar e Nankova.  
O facto foi revelado em Menongue, no decurso de uma sessão plenária da CNIDAH. 
No mesmo período foram sensibilizados contra o perigo das minas, 4.265 crianças, 3.142 mulheres e 2.598 homens residentes em zonas de risco.
As operações de desminagem permitiram a limpeza de uma área de 5. 745 quilómetros.
As operações incidiram nas zonas fundiárias do Estado, vias de acesso, pontes, aeroportos, perímetros agrícolas e caminhos-de-ferro.Na sessão plenária, presidida pelo vice-governador dos serviços técnicos e infra-estrutura, Simão Baptista, na qualidade de coordenador provincial do CNIDAH, ficou a saber-se que, no mesmo período, se registaram 65 acidentes com minas, 37 dos quais resultaram em mortes.   
Para 2011, além das acções de desminagem, a coordenação provincial vai proceder à entrega oficial das terras já desminadas nos municípios do Cuangar, Nancova e Cuchi e a assistir as vítimas        de minas.
A assistência consiste no acompanhamento médico, reabilitação física, treino com próteses e muletas, meios de locomoção e distribuição de bens alimentares.
Simão Baptista disse que a comissão vai continuar a desenvolver esforços para as operadoras de desminagem colocarem nas comunidades material de sensibilização sobre o perigo de minas e a identificar vítimas para estas, através do Ministério da Assistência e Reinserção Social, disporem de formas adequadas de inserção em actividades sociais, consoante o grau de deficiência de que cada uma. O responsável mostrou-se ainda preocupado com a existência de um elevado número de minas em algumas aéreas de agrícolas da comuna do  Longa, para o qual o Executivo aprovou, recentemente, um programa de cultivo massivo de arroz, no quadro do programa de combate à fome e à pobreza.

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