sábado, 27 de novembro de 2010

WAKU KUNGU CAPITAL ECOLOGICA DO KUANZA SUL


O município da Cela quer tornar-se na capital ecológica da província do Kwanza-Sul, com a reflorestação das montanhas e do vasto vale que conformam a cidade do Waku Kungu, disse, ao Jornal de Angola, o administrador local.
Isaías Luciano afirmou que a administração municipal está preocupada com “o quadro actual caracterizado pelo derrube, pela população, de árvores para produção de carvão e lenha, por um lado e, por outro, para a abertura de espaços destinados a actividade agro-pecuária. O recurso a material rudimentar e a potentes máquinas, referiu, veio acelerar a devastação florestal, já bem visível para quem chega ao Waku Kungu.
Para inverter este quadro, o Instituto de Desenvolvimento Florestal (IDF) da Cela gizou, em parceria com várias organizações, um programa de plantação, anual, de 20 mil árvores no município, a começar pela sede.
“Desta vez, temos um programa com pernas para caminhar”, salientou o responsável do IDF na Cela, Bernardo Morais, recordando anteriores “experiências fracassadas por ausência de uma melhor estratégia, sobretudo na criação de um polígono florestal”.
O projecto IWA (benefícios, na língua local), com vigência de cinco anos, já começou e permitiu a criação de um viveiro, com cerca de 2.900 plantas, na zona conhecida por Belo Horizonte. 
A distribuição de plantas, eucaliptos, mangueiras e árvores de fruta, no polígono, é totalmente gratuita.  “Até agora, já entregámos 1.750 plantas à escola primária da Cavwaca e 700 à unidade penitenciária da Cela”, disse o responsável do IDF.
O administrador municipal afirmou que “a plantação de árvores é uma tarefa transversal por envolver toda a comunidade”.
“Estamos todos nesta batalha, envolvemos no projecto munícipes, organizações sedeadas no município e parceiros sociais no combate à desertificação”, salientou.
Isaías Luciano reconheceu a importância do apoio das autoridades tradicionais, igrejas, alunos de diferentes escolas e população das comunidades urbana e rural nesta campanha. O responsável anunciou que a distribuição gratuita de plantas às populações, sobretudo as mais afectadas pela devastação, vai ser intensificada, uma vez que já estão identificadas outras áreas para a instalação de mais viveiros para a multiplicação de plantas. O prazo do projecto pode ser prorrogado e trimestralmente todos os parceiros sociais, munícipes e colaboradores são informados, no conselho da auscultação e concertação social, sobre a evolução do IWA.

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