sexta-feira, 5 de novembro de 2010

NUMERO DE TURISTAS TRIPLICOU EM ANGOLA

O turismo em Angola cresceu em mais de trezentos por cento de 2002 a Setembro de 2007, em termos de chegada de estrangeiros ao país, informou ontem, em Benguela, o director nacional de formação hoteleira e turismo, Bumba de Castro.
O director, que falava na abertura do seminário “Promover o turismo sustentável”, em representação do ministro da Hotelaria e Turismo, Pedro Mutindi, disse que, em 2002, altura em que se alcançou a paz, o país recebeu 91 mil turistas e dados estatísticos lançados no dia 27 de Setembro sobre 2009 indicam que o número ascendeu para 365 mil turistas.
Bumba de Castro informou que o número de empreendimentos turísticos também cresceu, cifrando-se actualmente em 3.127 estabelecimentos, assim como uma força de trabalho estimada em 134 mil empregados, dos quais cinco mil têm formação média, básica, ou superior ligada ao sector.
Acrescentou que, em termos percentuais, o número de trabalhadores não reflecte um por cento da força de trabalho necessária no país, avançando que com estes indicadores precisa-se apostar mais no turismo, permitindo o seu crescimento de forma equilibrada. “Desenvolver o turismo não implica fazer hotéis de grande porte, precisamos desenvolver outros sectores de actividade, ter outras componentes de oferta que permitam uma actividade equilibrada, daí o alcance desta formação”, disse o responsável, apontando que a sustentabilidade dos destinos permite ter uma actividade, integrar a população local, criar metas em termos ambientais, culturais e sociais devidamente acauteladas.
Para a directora provincial da Hotelaria e Turismo de Benguela, Alice Cabral, que falava em representação do governador provincial, Armando da Cruz Neto, o turismo é um fenómeno sócio-cultural, económico, ambiental e científico.
Segundo a directora, o turismo é uma actividade complexa que não depende somente de belos lugares, mas de profissionalismo, estudo e pesquisas.
Acrescentou que o estudo de casos práticos inserido neste seminário irá permitir que se faça uma reflexão sobre o desenvolvimento local, para que se possa identificar e analisar a gestão da actividade turística dentro de uma nova perspectiva do turismo sustentável, que é realizado e planificado de forma que contribua para a valorização da população local e da sua cultura.
Segundo Alice Cabral, o estudo do caso prático vai igualmente contribuir para a promoção de acções que mudem a configuração do meio ambiente local e estimula o desenvolvimento socioeconómico das comunidades envolvidas e proporciona ao turista uma experiência única.
Participam no seminário, organizado pela Trainfortrade/Angola e financiada pela União Europeia, cerca de 25 cidadãos, representando instituições públicas e privadas como as direcções provinciais do turismo de Benguela, Huambo, Kwanza-Norte, Moxico e Namibe, assim como as administrações municipais de Benguela, Lobito, Baía Farta e de diversas unidades hoteleiras da província.

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