domingo, 28 de novembro de 2010

CAIONGO QUER APAGAR MARCAS DEIXADAS PELA GUERRA CIVIL


Os tradicionais candeeiros a petróleo feitos de lata, usando  substâncias inflamáveis extraídas de algumas árvores têm sido alternativas populares para iluminar as cubatas feitas de pau a pique e cobertas de capim, localizadas na comuna de Caiongo, município de Cangola, província do Uíge.
 O calar das armas e a reposição definitiva da paz e tranquilidade públicas permitiram que alguns avanços tecnológicos chegassem às populações daquela parcela do território nacional - caso dos geradores de corrente eléctrica que aos poucos substituem as velhas formas rudimentares de iluminação domiciliar na região. 
 Saliente-se de que, Caiongo tem uma população estimada em mais de quatro mil habitantes distribuídos em 42 aldeias que distam 184 quilómetros da cidade do Uíge e 37 quilómetros da vila de Kangola. Desde a sua criação que Caiongo não beneficia de projectos para instalação de sistemas de fornecimento e distribuição de energia eléctrica.
 Quanto a água, as populações locais beneficiaram em 2008 da instalação de um sistema moderno de captação, tratamento e distribuição mas, o investimento feito pelo governo funcionou apenas seis meses, facto que obrigou a população a voltar a consumir água dos rios e das cacimbas.
 “A primeira imagem para quem chega à vila de Caiongo é desoladora. As marcas deixadas pela guerra ainda são visíveis. Por isso é urgente o envolvimento do governo e de pessoas singulares no sentido de fazerem investimentos que permitam melhorar as condições de vida das suas populações”, disse Júlio Alberto Bengui, administrador comunal em exercício.

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