A ponte sobre o rio Kwanza, localizado na vila da Cabala, município de Icolo e Bengo, vai estar concluída em Dezembro deste ano, segundo o fiscal da obra, Carlos Barreto.
De acordo com aquele responsável falta apenas instalar o sistema de iluminação, a sinalização e alguns acertos na colocação do tapete asfáltico.
A ponte vai facilitar a ligação rodoviária entre Catete e a vila da Muxima, à qual acorrem, anualmente, centenas de peregrinos. Constituída por um tabuleiro em betão armado pré-reforçado, vai comportar também uma secção transversal em viga a caixão com dois vãos de 68 metros cada e uma central de 120 metros.
A obra tem um comprimento de 2.534 metros e uma faixa de rodagem, com sete metros de largura para os dois sentidos, de três metros e meio cada.
Famílias desalojadas recebem casas
Com a construção da ponte, cerca de 42 famílias foram desalojadas da zona onde ela está a ser construída. Carlos Barreto garantiu que a construtora ergueu um novo bairro para acolher actualmente as populações da Aldeia da Paixão.
Na nova Aldeia da Paixão, as casas do tipo T2 possuem uma sala comum, casa de banho, dois quartos, cozinha, uma área de lazer e uma zona vasta para quintal.
Domingos Adão, de 60 anos, um dos contemplados, manifestou a sua satisfação, pois a casa em que morava anteriormente não oferecia boas condições de habitabilidade.
Recordou que, na época chuvosa, a sua casa ficava totalmente inundada, o que obrigava a família a dormir, muitas vezes, ao relento durante alguns dias.
"Hoje já consigo descansar em paz. Foi bom o Governo ter tomado a decisão de construir uma ponte para fazer a ligação entre a Cabala e o município da Kissama, importante para a circulação rodoviária durante as festividades da Mamã Muxima", sublinhou.
A zona ainda não possui luz eléctrica, água canalizada, serviços de saúde e escola para o ensino e aprendizagem das pessoas em idade escolar, razão pela qual os habitantes percorrem longas distâncias para ter acesso a esses serviços
A vila da Cabala está situada a norte do município de Icolo e Bengo. A população vive maioritariamente da agricultura e da pesca artesanal.
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