segunda-feira, 27 de setembro de 2010

GENERAL NUNDA NOVO CHEFE DO ESTADO MAIOR GENERAL DAS FAA

O PAÍS apurou que a sua indicação visa tirar benefícios em termos de confiança no processo angolano de reconciliação nacional com um claro abono para a imagem internacional da República de Angola, além de outros quesitos entre os quais se contam a fidelidade do general ao poder político e a sua cultura de missão, a despeito de ter saído de um exército beligerante contra o poder instituído num passado recente.

A sua capacidade e outras qualidades pessoais como a competência técnica também terão pesado para a decisão favorável de guindá-lo ao posto máximo da hierarquia militar das Forças Armadas Angolanas, o que será, na verdade, um acto de justiça e de demonstração clara do carácter apartidário da estrutura castrense nacional, tomando como bitola da avaliação o mérito e não mais a antiga filiação político-partidária.

Catapultado ao cargo de adjunto do chefe do Estado-Maior General das FAA, em 1998, ao tempo de João de Matos, depois da morte por doença de Arlindo Chenda Pena “Ben Ben”, Geraldo Sachipengo Nunda viu passar por ele os generais Armando da Cruz Neto, Agostinho Nelumba “Sanjar” e Francisco Pereira Furtado.

O general Nunda foi o oficial mais graduado do Estado-Maior General das FAA que em 2002 esteve no posto de comando avançado nos momentos derradeiros da guerra que culminou com a morte em combate de Jonas Savimbi, seu familiar e antigo chefe militar, comandando as operações militares em toda a extensão da província do Moxico.

Como já noticiado por este jornal, a remodelação a efectuar nas FAA trará consigo também a alteração da estrutura orgânica do seu EstadoMaior que ficará desprovida dos cargos de vice-chefes do Estado-Maior General para as mais distintas armas e serviços.

As informações avançadas por fontes militares apontam para a ida do general Abreu Muengo Ucuachitembo “Kamorteiro” para a chefia da Direcção de Logística e Infra-estruturas das Forças Armadas Angolanas.

No entanto, há informações desencontradas em relação ao adjunto de Nunda: algumas fontes militares avançam o nome do artilheiro Carlos Hendrick, enquanto outras falam do regresso do general Mateus Miguel Ângelo “Vietname”, que esteve na primeira linha de sucessão para o cargo de chefe do Estado-maior General das FAA.

Tido como um homem talhado para a direcção de tropas, a ida de Vietname para o MINARS foi recebida com alguma surpresa nos meios castrenses, quando era dado como certo na chefia do Estado-Maior General das FAA por reunir no seu perfil as qualidades de bom comandante de tropas e organizador, pergaminhos que ficaram patentes com o trabalho deixado na sua passagem pela chefia do Estado-Maior do Exército.

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