No ingente esforço de banir as minas do território nacional, ao longo dos próximos cinco anos o Executivo angolano vai disponibilizar 500 milhões de dólares americanos, numa acção que conta com a parceria da União Europeia, PNUD, UNICEF, Japão e a ONG The Halo Trust, entre várias outras.
O valor foi revelado durante a Cimeira Nacional de Luta Contra as Minas realizada segunda e terçafeira, em Luanda.
Na verdade, as minas têm sido factor inibidor para o repatriamento de refugiados e de pessoas deslocadas internamente, bem como ocasionam ainda outras consequências severas muitos anos depois de serem implantadas.
Tal insegurança impede a produção agrícola e apresenta-se como um factor de estrangulamento na luta contra a fome e a pobreza.
Pese embora a sinistralidade envolvendo minas estar a reduzir, ainda assim, semanalmente, dos diversos pontos do país têm chegado relatos de deflagração de engenhos que têm provocado vítimas entre as populações e gado.
De momento, a Geomine LTD está a operar nas províncias de Malanje e Lunda-Norte, sendo que de momento vêem estabelecendo contactos com o CNIDAH para a consequente expansão e utilização dessa tecnologia noutras partes do território nacional.
A tecnologia foi lançada em 2009 e já está em utilização com algum sucesso em países como Israel, Tailândia e Azerbaijão, porque pode inspeccionar 100 mil quilómetros por dia, com recursos a aviões ou satélites.
Esmiuçando a técnica utilizada pela Geomine, Avi Buzaglo Yoresh explicou: “desenvolvemos máquinas fotográficas digitais que colocadas em áreas suspeitas de minas, conseguem, com precisão, indicar o local onde está colocada a mina, quer anti-pessoal ou antitanque”.
Precisou que pelo facto das minas implantadas no terreno conterem nitrato, elemento que contamina a terra ao redor, dando uma tonalidade de cor diferente, torna-se fácil detectar os engenhos.
“Através das fotos, diminui-se o trabalho dos operadores e os meios.
As intervenções serão concretas, uma vez que as minas estarão localizadas”, resumiu Avi Buzaglo Yoresh.
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