domingo, 22 de novembro de 2009

NGOLA KABUNGA DEIXA PRESIDENCIA DA FNLA

Ngola Kabangu deixa a presidência da FNLA, congresso extraordinário é decidido em dezembro

ngola kabangu

O tribunal Constitucional confirmou ontem a mesma decisão que já havia tomado no seu Acórdão 109/2009 de 18 de Julho sobre o conhecido processo relativo ao conflito interno da FNLA, Frente Nacional de Libertação de Angola anulando deste modo o Congresso do partido realizado entre os dias 5 e 7 de Novembro de 2007.

A instância jurisdicional deu por provada a violação do Estatuto do partido no processo de designação do presidente Interino na sequência da morte de Holden Roberto. A mesma constatação fez ao que chama de “as graves irregularidades” no processo de convocação e realização do Congresso.

Deliberou “invalidar a realização desse Congresso e anular todas as suas decisões, incluindo a de eleição de Ngola Kabango como presidente da FNLA”

Lucas Ngonda que era o I Vice-presidente em resultado do Congresso de Reconciliação de 2004 passa a conduzir os destinos da FNLA que entre outros aspectos, deverá realizar o conclave extraordinário.

Para Laíz Eduardo é o secretário p/ Informação e porta voz, os militantes receberam com naturalidade esta decisão.

Sobre o Congresso Extraordinário caberá o Comité Central decidir em reunião já marcada para o próximo dia 2.

Todo esforço feito para ouvir Ngola Kabangu, redundou em fracasso .

Reagindo a notícia David Mendes disse que apesar do recurso interposto pouco ou nada mais se esperava, dado que a decisão recorrida já havia sido tomada em plenária e só dificilmente o mesmo plenário, decidiria em contrário face aos mesmos argumentos aduzidos no recurso.

FNLA foi o primeiro movimento constituído na luta armada pela independência de Angola.

Victor Aleixo é jornalista e comenta habitualmente sobre questões políticas. Chama aqui atenção dos dirigentes daquele partido sobre o potencial de divisão que impende sobre a organização.

Lembro que até os próprios juízes viram-se divididos o que aconteceu pela primeira vez desde a criação do tribunal. foram 5 votos favoráveis e 2 contra, com declaração de voto de Onofre dos Santos um dos juízes Conselheiros.

Este processo iniciou no tribunal Supremo em 2007 e teve como partes Carlinhos Zassala como autor e como parte acusada a Direcção da FNLA.

A Neto

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