O Chefe de Estado angolano, José Eduardo dos Santos, recebeu ontem quarta-feira, em Luanda, o presidente do Conselho de Administração da Odebrecht, Emílio Odebrecht, com quem analisou a actividade desta empresa brasileira no país.
Falando a jornalistas a saída da audiência, realizada no Palácio Presidencial da Cidade Alta, Emílio Odebrecht disse ter relatado ao estadista aspectos relacionados com os projectos da sua empresa, “à luz das novas orientações traçadas pelo Governo angolano”.
Frisou que as prioridades da Odebrecht passam pela formação de quadros nacionais e realização de empreendimentos prioritários para o desenvolvimento de Angola e susceptíveis de atender as necessidades básicas das populações, mormente nos sectores de energia, água potável, habitação, construção e reparação de estradas.
Revelou que desde Março de 2009 até ao momento, a empresa, que opera em Angola há mais de 20 anos, investiu cerca de 500 milhões de dólares nas áreas agrícola, mineração, açúcar e álcool, apesar da crise financeira mundial registada no ano passado.
Indicou que a Odebrecht mantém os cerca de 20 mil trabalhadores que emprega, dos quais mais de 92 porcento de nacionalidade angolana, facto que permite a empresa situar-se no topo das maiores empregadoras privadas em Angola.
Emílio Odebrecht disse ainda ter confirmado ao estadista angolano o início da operação da fábrica de açúcar e álcool, em Setembro de 2011, na região de Malanje, o que, em sua opinião, permitirá Angola satisfazer mais de 50 porcento das suas necessidades em
termo desses produtos.
Precisou que a fábrica ocupa uma extensão de 30 mil hectares e uma fazenda adjacente com as mesmas dimensões, onde estão já plantados 800 hectares de milho e 250 de feijão.
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