A fábrica de gás em construção na cidade petrolífera do Soyo, província do Zaire, vai produzir o primeiro gás natural liquefeito no primeiro trimestre de 2012, anunciou ao Jornal de Angola, no Soyo, um responsável do projecto Angola LNG. As instalações fabris estão concluídas em cerca de 80 por cento e o empreendimento dá trabalho a 6.500 trabalhadores dos quais mais de 3.000 são residentes na província do Zaire.
A abertura da fábrica é aguardada com elevada expectativa pelos habitantes do município petrolífero. A capacidade de produção, na primeira fase, é de 5,2 milhões de toneladas de gás por ano.
O espaço concebido para albergar as instalações de armazenamento temporário do gás e para o alojamento do pessoal, ocupa uma área coberta de 180 hectares, o que corresponde a 180 campos de futebol. A empreiteira Bechtel, contratada pelo Projecto Angola LNG, recrutou 6.500 trabalhadores de 50 nacionalidades. Da força de trabalho na empreitada, 3.500 são angolanos residentes na província do Zaire, mais concretamente do município do Soyo. Na sua esmagadora maioria são jovens.
A ideia central da empresa, asseverou a nossa fonte, é maximizar o processo da angolanização de trabalhadores, tendo como objectivo ter uma força de trabalho angolana na ordem dos 60 por cento na fase de construção e de operação da fábrica.
Pela dimensão da obra, a fábrica acolhe constantemente visitantes de vários estratos sociais, económicos e políticos, nacionais e estrangeiros. A construção revela avanços substanciais em relação à última visita da reportagem do Jornal de Angola.
O Projecto Angola LNG goza de um apoio extraordinário do Governo a todos os níveis, da comunidade do Soyo e da população da província do Zaire.
Grande parte da produção de gás vai ser exportada para os mercados dos EUA e Europa.
Da produção obtida, cerca de 125 milhões de pés cúbicos de gás estão disponíveis para o uso doméstico, servindo para a produção de gás butano (gás de cozinha) e de matéria- prima para a indústria petroquímica.
A Sonangol e algumas das suas associadas estão envolvidas no Projecto Angola LNG com o propósito de reduzir a queima do gás e torná-lo num recurso rentável para o país, e contribuir também para a diminuição do efeito de estufa. A intenção é também a luta pela preservação do meio ambiente.
As entidades que participam no Projecto Angola LNG são a Sonangol, com 22,8 por cento, a Chevron com 36,4, a Total com 13,6, a BP com 13,6 e a ENI igualmente com 13,6 por cento.
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