Centenas de militantes da extrema-direita, muitos com uniformes paramilitares, e vários jornalistas assistiram ontem, em Ventersdorp, no noroeste da África do Sul, ao funeral de Eugene Terreblanche, defensor da supremacia branca.
A polícia estabeleceu fortes medidas de segurança dentro e fora da igreja, onde decorreram as cerimónias fúnebres, que começaram ao meio-dia local.
Antes do funeral, os dirigentes do Movimento de Resistência Afrikaner (AWB) - grupo de ideologia e simbolismo similar ao nazismo - fundado, em 1973, por Terre’Blanch, asseguraram que não protagonizavam actos violentos.
Andre Visage, secretário-geral do AWB, que, no domingo, ameaçou vingar a morte de Terre’Blanche, disse à imprensa que o grupo vai negociar, pacificamente, com o Governo a segurança dos militantes do movimento.
“Se não nos sentirmos satisfeitos, veremos o que devemos fazer, mas a violência é o último recurso”, acrescentou.
Também advertiu os adeptos que forem à África do Sul para assistir ao Campeonato do Mundo de Futebol, marcado para Junho e Julho, que devem ter cuidado com a segurança. “Podem vir, mas que tenham cuidado com a segurança, pois o Governo sul-africano não pode proteger-se nem a si próprio”, afirmou.
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