quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

A MÃE QUE NÃO ME QUIS

Dia 13 de Fevereiro irá ser feita uma apresentação do livro "A MÃE QUE NÃO ME QUIS" na vila de MANTEIGAS.
Sinta-se convidado e traga mais amigos.

sábado, 28 de novembro de 2015

sexta-feira, 24 de julho de 2015

ADEGA DO ISAÍAS - ESTREMOZ


Passei novamente (segunda vez) pela Adega do Isaías em Estremoz e como da primeira vez, esperava uma boa refeição. Pura decepção!
Pedi uma "BURRA" - (queixada de porco) e quando a mesma chegou à mesa avistei uma queixada mirrada e elástica, mas o pior de tudo foi os dentes negros do porco que enchiam por completo o pequeno prato. Isso mesmo, os dentes da queixada ali estavam, NEGROS, talvez porque o seu dono há muito que não ia ao dentista.
O segundo prato que escolhi foi o PATO ASSADO NO FORNO e esperava uma carne suculenta com a pele bem tostada. O que me foi servido? Pedaços de carne duros e a pele tão elástica que dava para fazer uma boa fisga.
Claro que reclamei, mas o único empregado que avistei disse-me que tais pratos eram servidos na Adega já há bastante tempo e que foram eles que deram o nome à casa.
Se assim foi, (penso que não), deixo a sugestão: comecem a cobrar o mesmo valor pelos referidos pratos que cobravam há vinte anos atrás e talvez não haja tantos incautos como eu!

segunda-feira, 22 de junho de 2015

RETOMAR BLOGUE

Olá
Após uns bons tempos retirado, usurpação do domínio www.cubata-angola.com com que este blogue era visível, resolvi voltar com o domínio http://www.cubatangola.blogspot.com e tentar actualizar e postar outras novidades. Não foi fácil recuperar o conteúdo mas aqui está.
Um abraço para todos

domingo, 3 de junho de 2012

ALOJAMENTOS MILI - PENICHE

Apenas um alerta!
Como não conhecia Peniche comprei uma estadia para umas "casas rusticas" cuja localização pela net e levando em conta a morada se situavam bem no centro da cidade.
Qual não foi o meu espanto que ao fazer o check in me foi dito que deveria seguir com o meu carro a recepcionista que me levou para fora de Peniche e me deixou bem no meio do "nada" numas instalações péssimas e sem quaisquer condições. Claro que tive de arranjar outra unidade hoteleira para gozar os dias que me tinha proposto desfrutar com a minha mulher, mas como já tinha pago os dois dias....pois, fiquei sem essa quantia.
Tentei dar o meu feedback no site dos "Alojamentos Mili", mas como os comentários deixados pelos clientes vão primeira para moderação, está bem de ver que o mesmo foi apagado.
Porque acho isso uma falta de ética profissional e para que outros não sejam enganados, aqui deixo o meu alerta!

sábado, 19 de maio de 2012

O FILHO DA PRETA (extracto do livro)

Não passava da simples rapariga que lavava a roupa ao seu senhor, embora na verdade fosse um pouco mais do que isso – pois, enquanto a senhora estava no «Puto», também era ela que partilhava a sua cama, era ela que estava disponível sempre que a ele lhe apetecia um pouco de prazer. Não esperava nada em troca, como se aquilo fizesse parte da sua obrigação. Tudo acabou quando o «seu» senhor resolveu mandar vir a senhora do «Puto» e com ela vieram também os «meninos», os seus filhos; assim deixou de ser necessária e desejada, voltando novamente para a sua antiga vida, para a escolha do coconote e para a apanha do café.
Não esperara nada em troca pelos anos de dedicação e submissão, mas também não esperara levar um filho no ventre, fruto de uma relação sem amor, mas ainda assim de partilha e entrega.
Quando o seu estado de gravidez já não a deixava vergar- se para continuar a trabalhar, e assim poder matar a fome, achou que era altura de se dirigir ao pai da criança. Embora fosse iletrada e bastante humilde, achava que o pai do bebé....
Encomendar o livro - Quirimbo70@hotmail.com

segunda-feira, 9 de abril de 2012

DA SANZALA A DIPLOMATA

Será lançado brevemente em formato digital (Ebook) o livro DA SANZALA A DIPLOMATA.
Trata-se dum romance de alguém que nasceu numa humilde sanzala africana, a passagem pela guerra civil que matou mais de um milhão de angolanos, as intrigas politicas que resultaram em centenas de mortes de pessoas do mesmo movimento, os estudos num país da Europa de leste, até que por fim começou a servir o seu país naquilo que sabia e para o qual havia sido instruído.

Encomendar livro no site da Amazon: http://www.amazon.com/dp/B007WYW9QU

quinta-feira, 5 de abril de 2012

A MÃE QUE NÃO ME QUIS

Será lançado no próximo sábado pelas 21 horas o livro em formato digital (Ebook), A MÃE QUE NÃO ME QUIS.
Como se depreende do título do livro, trata-se dum romance em 348 páginas e prende-se com o abandono duma criança por uma mãe que....
Bem, para saber a história toda vai mesmo que ler o livro e como pode ser adquirido on-line, todos, mas mesmo todos, independentemente da parte do mundo onde vivam poderão ter acesso.
Então boas leituras!

Encomendar livro no site da Amazon: http://www.amazon.com/dp/B007WYW89S

quinta-feira, 29 de março de 2012

O FILHO DA PRETA (novamente disponível)

Angola não foi só um sonho de muitos portugueses que partiram em busca de novas oportunidades, longe da Metrópole pobre e sem futuro, que Salazar permitia acontecer.
Muitos dos portugueses encontraram uma vida de luta árdua, realizaram os seus sonhos e prosseguem encantados com o povo acolhedor, sentindo o apelo da vida desconcertante, saboreando e cultivando os dias com alma africana. Alguns, enamoraram-se pelas jovens que desde sempre pisaram aquele chão encarnado quente e generoso. Outros, abandonaram os seus filhos africanos.
Este romance é dedicado aos filhos abandonados por alguns portugueses, que deixaram para trás o fruto tão generosamente nascido de um amor eterno a uma terra doce.
O Filho da Preta relata a luta de um filho mulato esquecido e rejeitado pelo pai.
É um romance que recorda o cheiro de uma África nunca esquecida.
Desde a sanzala africana onde nasceu e viveu os primeiros anos de infância, aos anos turbulentos da Guerra da Independência, acompanha-se a vida de António, um médico reconhecido, numa luta de solidão, angústia e sobrevivência até encontrar a família que o julgava perdido.
Quirimbo 70 é um filho de Angola, perdido no tempo e no mundo que vai ao encontro da sua identidade e raízes. Com o seu regresso a Portugal, deixou a terra prometida e o sonho de uma vida. Em O Filho da Preta, revela-nos o quotidiano dos portugueses nas sanzalas angolanas, a luta de um povo pela sua Independência e a demanda de um filho pela família perdida, que o destino teima em conciliar. Quirimbo 70 escreve desde jovem e cria um espaço e um tempo que aprisiona o fantasma de África e da sua Angola, um país que já só existe nas recordações de quem ali viveu os melhores anos da sua vida. ...

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

VIDEOS COM HISTORIA - SAVIMBE/EDUARDO DOS SANTOS



                                                                   Passe: Mutamba33

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

GOVERNO ANGOLANO AMEAÇA ANULAR CONTRATOS COM EMPRESAS QUE FALHEM PRAZOS

As empresas de construção civil com obras iniciadas em 2011 em Luanda devem, até ao primeiro semestre do ano em curso, fazer a entrega das mesmas, sob pena de perderem os contratos rubricados com o governo provincial, afirmou ontem o vice-governador para a área Económica e Produtiva, Miguel Catraio.
A decisão saiu de uma reunião presidida pelo governador Bento Bento, realizada na sede do governo de Luanda, que procedeu à apreciação e ao balanço das obras de impacto social, que devem ficar concluídas no primeiro e segundo trimestre deste ano. Miguel Catraio informou que 95 por cento das obras em execução estão a avançar a bom ritmo e “todas foram pagas”.
O encontro, frisou o vice-governador, também serviu para chamar a atenção das empreiteiras no sentido de compreenderem a necessidade de se impor maior dinamismo na execução das obras, para que os problemas da população sejam solucionados o mais depressa possível. Miguel Catraio sublinhou que as empresas parceiras do governo também têm responsabilidade social. “Essas empresas são muito lucrativas e devem, por isso, colaborar com o governo na solução dos diferentes problemas”, salientou.
No encontro, que teve a duração de quase três horas, participaram cerca de cem empreiteiros, com destaque para a Odebrecht, Mega-África, Teixeira Duarte, Mota Engil e Soares da Costa.

PRESIDENTE ANGOLANO CONFERE POSSE A MEMBROS DO EXECUTIVO

Manuel Domingos Vicente, Job Castelo Capapinha e Joaquim Ventura foram ontem empossados nos cargos de ministro de Estado e da Coordenação Económica, vice-ministro da Juventude e Desportos para a Juventude e secretário de Estado da Energia, respectivamente.
A cerimónia, realizada do Salão Nobre do Palácio Presidencial da Cidade Alta, na presença do Vice-Presidente, Fernando da Piedade Dias dos Santos, ministros de Estado, responsáveis de gabinetes ministeriais e altos funcionários do Gabinete Presidencial, decorreu segundo os habituais actos protocolares: votos de fidelidade à Constituição e à Pátria, e o erguer da taça de champanhe em honra dos novos membros do Executivo.
“Não venho para fazer qualquer discurso, apenas desejar saúde e êxitos [aos novos membros]”, disse o Chefe de Estado, antes de erguer a taça. Ao preterir o discurso, de certo modo esperado, o Presidente José Eduardo dos Santos procurou reiterar a máxima “mais trabalho, menos discursos”, por si enunciada em Outubro de 2008, aquando da investidura do Governo formado após as eleições legislativas. Formado em Engenharia Electrotécnica em 1983, pela Universidade Agostinho Neto, Manuel Vicente, 55 anos, junta-se aos ministros de Estado Carlos Maria Feijó e Hélder Vieira Dias, respectivamente chefe da Casa Civil e da Casa Militar do Presidente da República. O antigo presidente do Conselho de Administração da Sonangol passa a coadjuvar o Presidente da República na Comissão Económica, auxiliando-o na formulação, coordenação, execução e controlo da política do Executivo no domínio económico, com apoio do secretário do Presidente da República para os Assuntos Económicos. Um decreto presidencial recentemente apreciado pelo Conselho de Ministros atribui competência ao ministro de Estado e da Coordenação Económica para coordenar as comissões bilaterais Angola-Brasil, Angola-China, Angola-Cuba e Angola-França.

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

UNIVERSIDADE KIMPA VITA ABRE CURSO DE ECONOMIA

A Universidade Kimpa Vita abre, este ano, o curso de Economia para satisfazer a necessidade de formação de quadros ligados ao sector, disse, ontem, no Uíge, a directora-geral da Escola Superior Politécnica.
Maria de Fátima referiu que a iniciativa responde a uma necessidade há muito sentida devido às potencialidades económicas da província.
Até agora, declarou, a escola formava bacharéis em contabilidade e gestão, que procuravam adaptar-se às actividades dos economistas, mas, hoje temos condições para iniciar a formação em economia para responder às necessidades. 
Maria de Fátima lamentou “a exiguidade do orçamento atribuído” e a falta de professores para o curso de engenharia informática, o que, sublinhou, inviabiliza a especialização dos estudantes nas áreas de redes e hardwares.Para minimizar a situação anunciou estar previsto que 12 professores cubanos preencham algumas das vagas. As inscrições terminam amanhã, há mais de 1.300 vagas e os exames de acesso realizam-se a partir de 8 de Fevereiro, disse.Funcionários da escola vão aos municípios a inscrição de candidatos, que posteriormente são submetidos a testes.

HONRAS DO PARLAMENTO ANGOLANO A EKUIKUI IV

O Presidente da Assembleia Nacional rendeu ontem a última homenagem a Augusto Catchitiopololo, Rei do Bailundo Ekuikui IV, falecido no Huambo, a 14 de Janeiro, por doença.
Durante a cerimónia, ocorrida no pavilhão Osvaldo Serra Van-Dúnem, na cidade do Huambo, coube ao deputado Raul Barcelo fazer a leitura da mensagem do líder do Hemiciclo angolano, na qual se referia a Augusto Catchitiopololo como “homem hábil e servidor da causa angolana”. O texto realça ainda o empenho de Augusto Catchitiopololo na “defesa da verdade e da justiça, pelas quais se bateu com denodo e honestidade ao longo das lides parlamentares e no rico percurso da sua vida”.
“Neste momento de profundo pesar, exprimo a total solidariedade dos deputados, funcionários e agentes parlamentares e inclino-me com o maior respeito à memória do deputado e amigo, cuja falta lamentamos e sentiremos nos anos vindouros”, sublinha a mensagem do Presidente da Assembleia Nacional.
No acto, foram lidas outras mensagens, com realce para a do Chefe do Executivo, do Governo Provincial do Huambo, das autoridades tradicionais e do grupo parlamentar do MPLA. Os colegas de bancada de Augusto Catchitiopololo destacaram “os exemplos de coragem, firmeza de princípios, dedicação e espírito patriótico à causa do seu povo e do MPLA”.
A mensagem do Chefe do Executivo dá ênfase ao Rei Ekuikui IV como “depositário das mais nobres tradições do seu povo e possuía um grande sentido de honra e de dignidade, tendo dado um inestimável contributo à conquista da paz e ao processo de reconciliação nacional”.
Além de Paulo Cassoma, as exéquias de Augusto Catchitiopololo tiveram a presença de deputados à Assembleia Nacional, membros da classe política da província, autoridades tradicionais e religiosas, magistrados judiciais e do Ministério Público, representantes das Forças Armadas, da Polícia Nacional e membros da sociedade civil.
Os restos mortais do Rei do Bailundo Ekuikui IV foram, em seguida, transladados para o município do Bailundo, onde foram depositados em câmara ardente no jango do Clube Recreativo, onde também mereceu homenagem por parte dos membros do secretariado do comité municipal do MPLA, da administração local e representantes de partidos políticos com assento parlamentar. A urna com os restos mortais do Rei Ekuikui IV foi entregue mais tarde à corte do Bailundo para dar sequência à cerimónia tradicional na Ombala Mbalundo, depois da missa de corpo presente na Igreja Católica do município do Bailundo. O Jornal de Angola apurou que, cumprido o ritual fúnebre da região, os restos mortais do rei são depositados no monte “Halavala”, na vila do Bailundo, onde jazem os antigos reis do Bailundo.

Augusto Catchitiopololo, Rei Ekuikui IV, nasceu na ombala de Tchinhala, comuna de Luvemba, município do Bailundo, a 25 de Janeiro de 1914. É filho único de Pedro Kapingala e de Nambulu, neto legítimo do Ekuikui II.
O malogrado tinha como habilitações literárias a 4ª classe, feita no Bailundo. Depois de ter vivido a infância bastante dura devido à exploração colonial, ainda adolescente uma das primeiras actividades a que se dedicou foi o comércio nas zonas fronteiriças do território do Huambo e Kwanza-Sul.
Em 1960, Augusto Catchitiopololo foi preso político, tendo sido desterrado para a colónia portuguesa de São Tomé e Príncipe, onde permaneceu durante nove anos. Terminado o tempo de cárcere, voltou à sua terra natal. Foi obrigado a integrar uma comitiva distrital do Huambo, que foi receber o primeiro-ministro português Marcelo Caetano.
Com a intensificação do conflito armado para a independência de Angola, como homem político, mantinha contacto secreto com outros nacionalistas próximos. Após o 25 de Abril de 1974 Augusto Catchitiopololo decidiu abandonar a comuna do Luvemba, instalando-se na sede do município do Bailundo com a sua família e parte do seu povo.
De 1990 a 1992, Augusto Catchitiopololoassumiu o reinado interino do Bailundo, em virtude do rapto do rei Ekuikui III. Nos períodos que se seguiram, foi alvo de perseguições que o obrigaram a refugiar-se na cidade do Huambo.

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

BARRAGEM DE CAMBAMBE EM REABILITAÇÃO

A Barragem de Cambambe, construída nos anos 50, caminha para um processo de reabilitação e modernização, que salta à vista, pois o trabalho que está a ser realizado por homens e máquinas, num perfeito casamento, corre a grande velocidade.
No terreno, há um movimento revelador de que o trabalho se consolida nos prazos programados. Para já, o projecto de reabilitação, modernização e a construção da segunda central, concretiza-se à medida que o empenho das equipas instaladas no terreno se evidencia.
O trabalho que está a ser desenvolvido desperta a atenção de quem visita a emblemática Barragem de Cambambe. O cenário está recheado de um verde intenso entranhado nas rochas. A paisagem é forte e apelativa.
O director do projecto de reabilitação e modernização da Barragem, Ferreirinha Borges, disse que a ampliação de Cambambe vai dar maior capacidade ao complexo hidroeléctrico, um dos maiores de Angola. 
A primeira central, com quatro grupos geradores, faz parte de “uma pequena cidade subterrânea”, escavada na rocha. O acesso para a central faz-se através de um túnel, igualmente escavado nos rochedos. O túnel é fantástico pelo modo como foi concebido. 
A construção da segunda central de produção abrange obras de construção civil, abertura dos túneis hidráulicos e de restituição, túneis de acesso, condutas de água, cavernas e acabamentos.
A construção da segunda central eléctrica da barragem de Cambambe deve ficar concluída em 2016.

Parede mais alta

A elevação da parede da barragem de 102 para 130 metros, visando um maior aproveitamento do curso das águas do Kwanza, é um dos desafios dos engenheiros que dia e noite trabalham para tornar o projecto possível, numa empreitada que envolve quatro empresas internacionais de peso. 
A brasileira Odebrecht e as empresas alemã Voith, que fornece as turbinas, a francesa Alston, que fornece os geradores e a Engevix, outra brasileira, especializada em engenharia electrotécnica
Cambambe funciona actualmente com quatro grupos geradores, com capacidade de 45 megawatts cada, um dos quais está fora de serviço já há algum tempo, no âmbito do processo de modernização e ampliação da velha central.

Modernização das centrais

Aos poucos, em Cambambe o velho dá lugar ao novo. Este é um processo que vai modernizar a barragem hidroeléctrica e aumentar a sua capacidade, o que garante mais qualidade e fiabilidade. 
No rol de substituições, a velha mesa de comando, com mais de 50 anos, vai ser substituída por uma nova digital. “Todos os equipamentos com mais de 40 anos, vão ser substituídos por novos, para assegurar mais fiabilidade e segurança às nossas operações”, disse à imprensa Ferreirinha Borges. 
Painéis digitais de alta tecnologia vão controlar o desempenho do equipamento, a capacidade e a qualidade de geração de energia. Os velhos painéis, que vão sendo substituídos ainda se encontram lado a lado com os novos. 
Há um claro “chamamento à inovação”. Os 13 transformadores de elevação de tensão dos anos 70 estão a ser substituídos pelos novos. “Pretendemos garantir a fiabilidade e a qualidade da produção de energia eléctrica, evitar interrupções como as que temos nos últimos anos. Muitos fabricantes destes equipamentos, com 50 anos, já não existem”, explicou Ferreirinha Borges.
Por isso, prosseguiu, estamos a modernizar a barragem, substituindo o antigo pelo moderno, para optimizar a geração de energia. Dos 13 transformadores de tensão, um serve de reserva. O transformador é uma máquina capaz de baixar ou elevar a tensão eléctrica através de uma indução electromagnética capaz de transferir energia de um circuito para o outro. 
Outro sector renovado na barragem é a subestação ou linha de transporte, que tem material novo. Na subestação há “uma espécie de diálogo instalado”, um ruído permanente, próprio de um local que produz energia de alta tensão. 
A subestação eléctrica tem três linhas de transporte para Luanda, uma para a Gabela, uma para o Dondo e outra para Calulo. “É a partir desta subestação que fazemos a transferência de energia para outras províncias e municípios”, referiu. A 200 metros do descarregador de águas excedentes (as que não geram energia), vai ser construída uma ponte de serviço para dar acesso aos trabalhos de reabilitação e modernização.

Benefícios do programa

Com a total reabilitação e modernização da barragem de Cambambe, vai ser gerada energia para oito milhões de pessoas. Está prevista a criação de 1.500 postos de trabalho directos. As obras de reabilitação da barragem de Cambambe permitem uma maior disponibilidade de água e energia, o que permite desenvolver um pólo industrial regional, a qualificação de mão-de-obra, através de práticas que favoreçam a aprendizagem e aperfeiçoamento em trabalho.

Disponibilidade de energia

Ferreirinha Borges afirma que há necessidade de aproveitar, ao máximo, o potencial da barragem. Nesta perspectiva, precisou Ferreirinha Borges, a barragem beneficia de um projecto abrangente que inclui o seu alteamento. Com a conclusão do muro, o aproveitamento hidroeléctrico ganha mais 80 megawatts, juntando-se aos anteriores 180, o que eleva a capacidade para 260 megawatts. 
A primeira está numa espécie de “cidade subterrânea”. A que se encontra em construção está a ser concebida para ser uma central a céu aberto. 
Com esta fábrica hidroeléctrica, Cambambe fica muito mais reforçada no que toca à capacidade de geração de energia. Esta segunda infra-estrutura deve contar com quatro grupos geradores, cada um com capacidade para gerar 175 megawatts, o que perfaz 700 megawatts. 
Quando as obras de reabilitação e modernização da primeira central estiverem concluídas e entrar em funcionamento a segunda central, Cambambe vai ter uma capacidade agregada de 960 megawatts, o suficiente para cobrir as necessidades energéticas de oito milhões de pessoas.

Quotidiano dos engenheiros

Os dias de trabalho dos engenheiros são árduos e de permanentes cálculos. “Temos de trabalhar na base de precisão. Qualquer erro de cálculo, por mais ínfimo que seja, pode comprometer a obra”, disse José Araújo à reportagem do Jornal de Angola. 
Gisela Matias faz parte do grupo de engenheiros. A jovem engenheira electromecânica acompanha o processo de modernização de Cambambe. Há dois anos, Gisela Matias tem procurado contribuir para restituir à barragem a sua grandeza.
Gisela Matias e os seus colegas fazem o que mais gostam: trabalhar no campo e confrontar aspectos teóricos e práticos. “Gosto muito do que estou a fazer, é formidável, pois foi para estes desafios que me formei neste ramo. Trabalhar em engenharia electromecânica tem sido muito bom”, realçou.
Alfredo Lupambo, também formado em engenharia electromecânica, tem contribuído com a sua experiência na melhoria do potencial energético do país. 
O jovem engenheiro diz que os problemas que o país tem estado a registar no sector da energia vão ser ultrapassados em virtude do investimento que o Executivo faz no sector.

KUANDO-KUBANGO APOSTA NO FUTURO

O nome por que ficou conhecido o Kuando-Kubango depois do conflito armado, “Terras do fim do Mundo”, deixou de fazer sentido. Nos últimos três anos, o esforço de desenvolvimento da província transformou radicalmente a imagem que hoje possui. Quem a visitou em 2008 tem agora dificuldade em reconhecer os sítios por onde então passou. O progresso está a passar por aqui.
No início de 2008, a província, que foi das mais assoladas pela guerra, tinha apenas um hotel, ocupado por uma equipa de empreiteiros da Odebrecht, uma vez que pensões ou residenciais eram apenas uma miragem. Para o grupo de jornalistas que, em Fevereiro desse ano, visitou o Kuando-Kubango para avaliar no terreno o projecto de Reconstrução Nacional a que o Executivo estava a dar início, nenhuma classificação se adequava tão bem como a dada à província: estávamos, de facto, “nas terras do fim do mundo”.
Durante os 15 dias de trabalho que ali permanecemos, cada um tentou solucionar o seu alojamento conforme pôde. A boa vontade da população permitiu a cada um de nós arranjar um tecto, a maioria de chapa. A escassez de lojas era evidente. Compras só no mercado ou no “Nosso Super”. Se queríamos fazer um mata-bicho razoável, tínhamos de acordar cedo e procurar uma barraca. 
As estradas principais, secundárias e terciárias encontravam-se degradadas. Mesmo dentro de Menongue, as ruas principais estavam todas esburacadas. As estradas que ligam a cidade às restantes províncias encontravam-se em tal estado, que só mesmo em condições de grande necessidade as pessoas se metiam ao caminho. Ir ao Cuito- Cuanavale num todo-o-terreno, por onde nem estrada havia, era um desafio apenas aceite no desespero da sobrevivência.
Volvidos três anos, o cenário é bem diferente. Logo no aeroporto é difícil acreditar naquilo que estamos a ver, ao recordarmos a região desprotegida e cujo futuro quase parecia impossível de imaginar.
As evidências saltam à vista: hotéis, pensões, residenciais, estradas asfaltadas e outras em conclusão. Agora, as lojas para compra de alimentos, vestuário, material didáctico ou de construção, já não se contam pelos dedos. O cliente que quiser comparar preços tem de ter paciência para fazer uma ronda por todas e definir a melhor.
O Kuando-Kubango é um verdadeiro estaleiro de obras. É visível a reabilitação de estradas, a construção de escolas e centros de saúde. Estão a ser criados projectos de cooperativas agrícolas. Em curso está ainda a construção do Palácio da Justiça, de uma unidade de saúde com mais capacidade e a ampliação do Hospital Geral de Menongue. Por inaugurar estão a estação do caminho-de-ferro, centros médicos, estabelecimento de enchimento de gás e escolas.

O comboio está a chegar

A reportagem do Jornal de Angola constatou que também a nível da habitação há avanços significativos. A vice-governadora para a Área Económica, Verónica Mutango, disse que estão a ser construídas 200 casas em todos os municípios da província, no âmbito do programa do Executivo de construção de um milhão de habitações. “Estamos a trabalhar para que a nossa população não tenha problemas de habitabilidade e também para os quadros que vêm trabalhar para a província. Muitos dos quadros do país não aceitam vir para a nossa província por falta de condições de alojamento, mas não queremos ficar para trás no que diz respeito ao progresso, por isso estamos a fazer tudo no sentido de criar condições para as nossas populações”, explicou.
Neste momento, a novidade que está a entusiasmar a população é a chegada do comboio. Com ele, refere Verónica Mutango, chegaram também a melhoria do comércio e preços mais baratos. Estão ainda a ser concluídos os quatro eixos de ligação da província com o Huambo, Bié, Huíla, fronteira da Namíbia e Zâmbia. “A via Menongue/Luanda está em perfeitas condições. Agora estamos a trabalhar para concluirmos a via Menongue/Cuito Cuanavale”, frisou.

Superar dificuldades

Embora com algumas dificuldades, o sector da educação está a cumprir o seu papel, afirma a vice-governadora. Há falta de docentes, “mas acreditamos que com o funcionamento de instituições do ensino superior, vamos ter quadros e evitar o problema dos estudantes que abandonam a província para terminar os seus estudos e depois não voltam mais”.
Ainda existem muitas crianças fora do ensino escolar, mas foi lançado o programa operativo e a prioridade é a construção de 110 escolas. “No próximo ano, já vamos ter escolas com seis e sete salas”, adiantou.
Relativamente à saúde também existem muitas dificuldades. A vice-governadora garantiu que este sector não está de fora das prioridades, antes pelo contrário. Está prevista a construção de centros a nível das comunidades e a cobertura dos serviços básicos de saúde. “No programa de combate à pobreza existe um subprograma relativo aos cuidados primários de saúde. Ainda não temos a situação totalmente controlada, mas estamos a trabalhar para isso”, esclareceu.Verónica Mutango realçou que a província, através dos Serviços de Protecção Civil e Bombeiros, está preparada para acudir às populações em qualquer situação que venha a surgir. As instituições hospitalares também estão em alerta no que concerne às doenças que surgem de forma súbita nesta época chuvosa.

Mini-hídricas em perspectiva

O abastecimento de energia eléctrica e de água é um dos mais complicados problemas que o Kuando-Kubango tem de enfrentar. Em Menongue, os cortes de luz são constantes e à noite o som dos geradores toma conta da cidade.
Este problema está superado em parte, disse a vice-governadora, “uma vez que o sector de energia prevê a construção de mini-hídricas, duas das quais projectadas para as zonas do Pele e Missonbo. Tudo isso vai minimizar a situação, até que se tomem outras medidas e que nos dêem a cem por cento energia e água”.
A nível agrícola, está a ser dado apoio às populações para que sejam criadas associações de camponeses e cooperativas. “O que se constata na província é a existência de uma agricultura familiar e de subsistência. Mas nós estamos a trabalhar no sentido de fazer com que haja outros projectos colectivos e que o comércio rural seja amplo.”

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

MISS ANGOLA 2012 É DA PROVINCIA DO CUNENE

Marcelina Vahekeny é a Miss Angola 2012, da província do Cunene, substituindo Leila Lopes, a Miss Universo 2011, que teve a honra de entregar a coroa, no sábado passado. A gala, preenchida com muita luz e cor e realizada no Centro de Conferências de Belas, contou com a presença do Presidente da República José Eduardo dos Santo e da Primeira-Dama Ana Paula dos Santos.
Marcelina Vahekeny disputou a coroa de Miss Angola entre 24 candidatas provenientes das 18 províncias do país e da diáspora (Portugal, África do Sul, Namíbia, Canadá, Reino Unido e Benelux).
O concurso elegeu também como primeira-dama de honor a candidata de Luanda, Manuela Agostinho, e a faixa de segunda dama de honor foi atribuída à concorrente da Lunda-Sul, Izilda Silva.
Marcelina Vahekeny, de 21 anos, é estudante universitária do curso de Gestão de Recursos Humanos e vai representar o país no próximo concurso Miss Universo 2012, onde pretende chegar aos lugares cimeiros. “Estou orgulhosa e feliz por ser a primeira concorrente do Cunene a vencer o título de Miss Angola. Agradeço a Deus por me ter dado esta dádiva, penso que esta conquista é fruto da humildade, dedicação e pontualidade, que são as minhas principais qualidades. O meu objectivo agora é trabalhar para obter a melhor classificação possível no Miss Universo”, disse a nova miss Angola.
A substituta de Leila Lopes afirmou que durante o seu mandato vai dar maior prioridade à luta contra a violência doméstica, “porque é um problema que tenho acompanhado de perto e vejo a destruição de muitas famílias, deixando várias crianças órfãs, um fenómeno que tem impedido a convivência salutar da sociedade”, referiu.
A ministra da Cultura, Rosa Cruz e Silva, um dos membros do júri, considerou que a escolha da nova miss foi feita de acordo com os critérios do Comité Miss Angola, “que definiu a elegância, beleza e inteligência como as principais características e notámos que ela possuía as qualidades exigidas, por isso venceu”. A ex-miss Angola Emília Guardado considerou a gala um grande espectáculo, “acho que a vencedora foi bem escolhida e que tem qualidades suficientes para concorrer ao próximo Miss Universo. As angolanas estão sempre preparadas e já demonstraram que são capazes”.
Emília Guardado foi a primeira concorrente angolana a participar no Miss Universo. “A minha experiência no concurso Miss Universo foi maravilhosa, gostei de lá estar, apesar de ter sido mais difícil para mim, porque fui a primeira angolana a concorrer a esse título. Mas a eleição de Leila Lopes foi a melhor coisa que podia ter acontecido para Angola, porque só fez aumentar a credibilidade do nosso concurso. Pessoalmente, fiquei muito feliz e satisfeita”, disse a ex-miss.

O presidente do Conselho de Administração do Banco de Poupança e Crédito, Paixão Júnior, considerou o concurso competitivo. “Estou convencido que os jurados chegaram ao resultado mais certo. Das três finalistas, já previa que duas haviam de estar, significa que o trabalho do júri foi sério, porque nós apenas vimos a beleza exterior, não aprofundámos, como os jurados fizeram, ao avaliarem as qualidades interiores de cada uma delas. Por isso, acho que todas têm condições para concorrer a Miss Universo”, sublinhou.
O actor brasileiro Eriberto Leão, que fez parte da mesa do júri, considerou que a escolha foi difícil: “Acho que todas elas têm qualidades de voltar a conquistar a coroa de Miss Universo. Foi difícil escolher a vencedora, tanto que até fui dos júris que mais deu nota dez, porque fiquei encantado com a beleza das angolanas”.
A Miss Universo Leila Lopes desejou à sua sucessora sucessos durante o seu reinado, “gostava de ser substituída também por ela no Miss Universo 2012. Acho que ela tem princípios de uma boa Miss, que são a educação, humildade e a pontualidade”.Leila Lopes considerou a coroação do Miss Angola como um marco na sua vida, “o princípio da minha jornada começou quando me tornei Miss Angola, título que significa para mim um grande orgulho, porque é uma honra representar a beleza da mulher angolana.
A coroa da Miss Universo não é apenas minha, mas sim de todos nós, este sonho só foi possível graças ao apoio e empenho de todos, agradeço à Madrinha do Comité, a Primeira-Dama Ana Paula dos Santos”, disse. 
A mais bela do mundo promete continuar a trabalhar para elevar o nome de Angola até ao mais alto nível: “como Miss Universo, prometo elevar o nome de Angola ao mais alto nível possível, demonstrar o desenvolvimento que o país tem almejado, muito obrigada a todos os angolanos”.
A gala, que esteve repleta de elegância e “glamour”, distinguiu ainda a miss fotogenia, a concorrente do Uíge, miss simpatia, da África do Sul e a miss acção social, da Lunda-Sul, que também foi premiada por ser portadora do melhor traje tradicional. A festa contou com a animação dos músicos Matias Damásio e Guy Destino.

COLOCAÇÃO DE ASFALTO NAS RUAS DE ONDJIVA

A aplicação de asfalto nas ruas do bairro Pioneiro Zeca e do centro da cidade de Ondjiva, no Cunene, começa este mês, garantiu um responsável da empresa encarregada das obras, avaliadas em cerca de 38 milhões de kwanzas.
O contrato entre o governo provincial e a empresa que vai executar os trabalhos foi assinado na quinta-feira.
A aplicação do asfalto, que deve estar concluída dentro de oito meses, vai ser levada a cabo nas ruas Miguel Ângelo, Ochietequela, Heróis da Cahama, Agostinho Neto, Rainha Necoto, 8 de Março, ­Deolinda Rodrigues, 4 de Janeiro e da Juventude.
O contrato assinado prevê também a construção de um sistema de ­drenagem das águas da chuva em Ondjiva, onde decorrem várias obras de impacto social.

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

GOVE DA LUZ AO HUAMBO

A província do Huambo pode, em breve, começar a receber energia eléctrica a partir da barragem do Gove, afirmou, à Rádio Nacional de Angola, o director de engenharia e gestão de programas da Empresa Nacional de Electricidade (ENE).
As linhas de transporte de energia que ligam as subestações de Belém, do Benfica e da Caála à barragem hidroeléctrica do Gove, disse, devem ficar concluídas até Fevereiro do próximo ano.
Joaquim Boaventura declarou que parte da linha de transporte de energia eléctrica, do Gove à cidade do Huambo, está quase pronta faltando apenas concluir a que liga as cidades do Huambo e do Cuito.
As obras de instalação das redes de baixa e de média tensão e de iluminação pública, na cidade do Huambo, garantiu Joaquim Boaventura, terminam em Agosto.
O director de engenharia e gestão de programas da ENE disse estar satisfeito com a celeridade dos trabalhos de reabilitação das redes de média e baixa tensão e de iluminação pública na cidade do Huambo.

Relançar o desenvolvimento

O projecto de recuperação da barragem do Gove foi aprovado, em sessão do Conselho de Ministros, no final de 2007, com o objectivo de relançar o desenvolvimento social e económico das regiões centro e sul do país. 
A materialização do plano permite igualmente o fornecimento regular de água ao projecto Xangongo-Ondjiva, Santa Clara-Namibe, de energia eléctrica às províncias do Huambo do e Bié, além de contemplar os perímetros irrigados ao longo do rio Cunene.
O projecto de reabilitação da barragem hidroeléctrica do Gove compreende a instalação de três novas turbinas de 20 megawatts cada uma, que permitem abastecer localidades das províncias do Huambo, Bié e de Benguela. Grande parte das torres de distribuição de energia eléctrica necessárias para o percurso que liga o Huambo ao sector do Gove já foram montadas. Além disso, foram desminados mais de meia centena de quilómetros para a instalação das linhas de transporte de energia.

Postos de trabalho

As obras de recuperação da barragem hidroeléctrica do Gove, a cargo de uma multi-nacional estrangeira, criaram cerca de 800 postos de trabalho, na maioria ocupados por jovens da região da Caála, Cuima e Gove, na província planáltica do Huambo. 
A barragem do Gove, na comuna do Cuima, município da Caala, vai potenciar projectos de irrigação agrícola na região. 
A construção da infra-estrutura da barragem do Gove começou a ser feita na década de 1970, mas foi interrompida devido à guerra queassolou o país durante cerca de três décadas.

sábado, 26 de novembro de 2011

PRODUÇÃO DE GAS NATURAL EM ANGOLA

O projecto Angola LNG deve garantir a Angola a entrada no Fórum de Países Exportadores de Gás (GECF, na sigla em inglês), que tem actualmente apenas cinco membros africanos, prevê a Economist Intelligence Unit (EIU) num estudo publicado segunda-feira.
“Embora Angola planeie vários outros pequenos projectos de LNG, é improvável que se torne num exportador global significativo de LNG, dadas as suas reservas relativamente pequenas”, considera o estudo da EIU.
“Apesar disso, a incursão de Angola na GECF ia estimular os esforços do país para desenvolver a sua presença nos palcos regionais e internacionais”, acrescenta o relatório daquele centro de estudosbaseado no Reino Unido.
Com a Sonangol como concessionário e operador, a americana Chevron, a britãnica BP, a francesa Total e a italiana ENI, o projecto está localizado na província do Soyo e inclui um gasoduto de 500 quilómetros, que liga seis blocos no mar (1, 2, 14, 15, 17 e 18) às instalações de liquidificação, a partir de onde o gás é exportado.
Segundo o relatório, o objectivo de produção anual é de 5,2 milhões de toneladas de gás natural, que até agora eram queimadas nos poços petrolíferos angolanos.
Angola prepara-se também para leiloar vários blocos petrolíferos em terra na região do Kwanza, onde a exploração tem conhecido poucos avanços nos últimos 30 anos, segundo a EIU.
Esta foi a primeira região do país onde foi descoberto petróleo, no ano de 1955, mas os trabalhos de exploração foram abandonados no início da década de 1970.

“O Executivo espera que, através da reactivação das actividades de exploração na região, se aproxime do seu objectivo de produção nacional de dois milhões de barris de petróleo por dia”, sublinha a EIU.
A zona está dividida em 23 blocos de 1.024 quilómetros quadrados cada, dos quais apenas um está concessionado - o “A”, entregue à companhia Total (49 por cento) e Sonangol (51 por cento).
Os economistas do centro de estudos britânico dizem que o leilão deve “atrair forte interesse”, devido à resposta positiva dada pelos investidores à ronda de licenciamento no mar realizada em Janeiro e a proximidade da zona a Luanda. 
A Economist Intelligence Unit estima que graças ao início da produção de gás natural em Angola, o crescimento do Produto Interno Bruto angolano vai registar um “impulso significativo” em 2012, para próximo dos dois dígitos.
A produção de gás natural, após um investimento de nove mil milhões de dólares liderado pela Chevron e pela Sonangol, vai iniciar em Dezembro, “vários meses antes do previsto”, e a recente descida dos preços do combustível no principal mercado de exportação, os Estados Unidos da América, está a levar as petrolíferas a voltarem-se também para a Ásia.
Os economistas do Economist Intelligence Unit apontam para um crescimento do Produto Interno bruto de 9,9 por cento em 2012, equivalente a 3,8 pontos percentuais acima do previsto para este ano, após o que deve abrandar para 7,1 por cento em 2013 e 5,6 por cento em 2014.

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

LINGUAS NACIONAIS NO ENSINO PUBLICO EM ANGOLA

O director-geral do Instituto Nacional de Investigação e Desenvolvimento da Educação (INIDE), David Chivela, revelou ontem, em Luanda, que, dentro de dois anos, as línguas nacionais vão ser leccionadas no ensino primário.
Em declarações à comunicação social, à margem da cerimónia de abertura das segundas jornadas científicas e pedagógicas do INIDE, David Chivela sublinhou que, numa primeira fase, as línguas nacionais vão ser leccionadas até à terceira classe. 
O projecto de ensino das línguas nacionais está em curso, com a formação de professores. As línguas que já possuem gramáticas e ou dicionários, como o kimbundu, kicongo, nhaneka humbi, umbundo, nganguela, ochikuanhama e cokwe, são prioritárias.
“Entendemos que devemos ir devagar e com segurança, por isso, estamos a formar os professores para não deturparmos o real valor, o papel e a influência das línguas nacionais”, sublinhou David Chivela.
Sobre as segundas jornadas, que terminam hoje, o director David Chivela afirmou que o INIDE estimula a qualidade de ensino, acrescentando que o órgão que dirige procura melhorar a metodologia e o programa do professor, com novos conteúdos.
Espera-se, acrescentou, que os novos conteúdos não sejam muito volumosos, “porque, às vezes, não se coadunam com o tempo de ensino”. O gestor David Chivela, falando dos novos conteúdos, afirmou que “são módulos de carácter transversal que têm a ver com a questão da saúde escolar, a saúde reprodutiva, a preservação do meio ambiente e o combate ao VIH/SIDA, para que os alunos estejam actualizados”. Quanto às mudanças que possam ocorrer no ensino da História de Angola, o director do Instituto de Desenvolvimento da Educação, David Chivela, disse existir uma equipa que realiza visitas a aldeias do país, a alguns países africanos e a Portugal.
As primeiras jornadas foram realizadas em 2003, quando foram lançadas as bases da Reforma do Sistema Educativo.

terça-feira, 1 de novembro de 2011

"AKWÁ" DIZ QUE DICIPLINA E FUNDAMENTAL NA SELECÇÃO

O antigo "capitão" da Selecção Nacional de Futebol, Fabrice Alcebiades Maieco "Akwá" afirmou ontem, à Angop, que Angola terá de ser disciplinada e muito empenhada no Grupo B do CAN 2012, para ultrapassar a Costa do Marfim, Sudão e Burkina Faso.
Reagindo ao sorteio da competição, realizado no sábado, em Malabo, o deputado à Assembleia Nacional referiu que teoricamente a Costa do Marfim é o adversário mais forte, “mas não existem no futebol oponentes intransponíveis”.
O autor do golo que deu o inédito apuramento dos Palancas Negras para o Mundial da Alemanha 2006 acrescentou que jogar na primeira jornada diante do Burkina Faso e depois com o Sudão pode ser bom para Angola, por serem teoricamente menos difíceis, para mais tarde, na última partida, defrontar o principal favorito do evento, liderado por Didier Drogba.
Para o maior goleador na história das selecções nacionais, Angola conhece bem os três adversários e mesmo a Costa do Marfim já perdeu com os Palancas Negras, por 1-2, num jogo amistoso.
Akwá afirmou que espera uma participação que iguale ou supere os quartos-de-final das edições do Ghana 2008 e Angola 2010, fundamentalmente depois da garantia do presidente da FAF, Pedro Neto, de que estão acautelados factores como o pagamento dos prémios à equipa técnica e atletas, estágio e jogos com adversários fortes.

ANTOLOGIA POETICA LANÇADA EM LUANDA

A antologia poética "Canto misterioso que me encena com os pés", de António Gonçalves, foi apresentada na sexta-feira, na sede da União dos Escritores Angolanos (UEA), em Luanda.
Numa sessão orientada pelo secretário-geral da UEA, Carmo Neto, o livro, composto de poemas e ensaios, foi apresentado pelo professor universitário António Quino, que realçou as qualidades do autor, centrando-se em citações do próprio livro. 
Na nota introdutória, o autor do livro refere que "a presente antologia pretende resolver algumas inquietações de ordem espiritual, sendo a primeira relacionada com uma homenagem a Ricardo Manuel, um poeta português que estendeu a mão a vários jovens angolanos, que viam na poesia a arte suprema da palavra e suporte espiritual de uma humanidade decadente".
O livro está dividido em três partes, incluindo nove textos de crítica literária. Editado pela UEA, a antologia tem prefácio da brasileira Carmen Lucia Tindó Secco, docente de literatura africana na Universidade Federal do Rio, (Brasil).
No prefácio, a investigadora brasileira considera a obra "algo que se institui como metapoesia, pois muitos são os poemas do livro em que o eu lírico se reflecte sobre o seu fazer literário e sobre os próprios caminhos poéticos trilhados pelo autor". 
Segundo Cármen Lúcia Tindó Secco, a significação metafórica dos pés é muito rica, abrindo-se a várias interpretações, pois “os pés marcam o início de uma viagem”. Victor Kajibanga, Norberto Costa, Manuel Garcia Verdecia, Luís Pavón Tamayo, Martha Cordiés Jackson Rogelio Martinez Fure, Xosé Lois Garcia e Tarcísio Evaristo são outros os autores dos textos críticos apresentados na referida antologia.
António Gonçalves nasceu a 10 de Agosto de 1960, em Luanda. Foi secretário-geral da UEA e recentemente desempenhou as funções de conselheiro cultural da embaixada de Angola em Cuba.

É autor de "Gemido de Pedra" (1994), “Verso Libertinos” (1995), “Adobe Vermelho” (1996), “África que observo com os dedos” (2002), “Cenas que o museke conheceu” (novela, 2003) e “A Quinta estação do tempo”, das quais algumas são bilingue (português e espanhol). O escritor tem participado em eventos internacionais de poesia, como no X Festival realizado recentemente na Costa Rica, e a sua obra integra várias antologias, como a Antologia da Poesia Universal Contemporânea (Poetas do Século XXI), edição de 2010. 
“Canto misterioso que me encena com os pés” tem 157 páginas e está à venda a 1.500 kwanzas.

ODEBRECHT GANHA O PREMIO "PROJEKTA BY CONSTROI ANGOLA 2011

A empresa brasileira de construção civil Odebrecht arrebatou, na noite de sábado, o prémio de melhor participação na nona edição da "Projekta by Constrói Angola 2011", que decorreu nas instalações da Filda, em Luanda. 
A cerimónia de entrega de prémios, que marcou o encerramento da nona edição da feira de equipamentos e materiais de construção civil, obras públicas, urbanismo e arquitectura, distinguiu as empresas e países que mais se destacaram.A fábrica de cimento do Kwanza-Sul foi galardoada pela melhor participação em produtos nacionais, enquanto a empresa ACARL Angola venceu na categoria de construção civil e obras públicas. A empresa Cimianto Lucral foi premiada pela melhor participação em produtos e inovações, enquanto a Pinto e Leite venceu na categoria de melhor exibição em arquitectura e planeamento.
A Movi Cortes-Angola obteve o prémio de melhor exposição no sector das máquinas e equipamentos industriais, enquanto no sector de materiais de construção civil venceu a Civep Contravem-Angola.A empresa de projectos e consultoria de engenharia A400 arrebatou o prémio na área de engenharia e o troféu para a melhor participação no ramo de serviços de construção civil e obras públicas ficou com a empresa Pro Ngil.
Pela melhor presença internacional, a feira distinguiu a Associação Empresarial de Portugal (AEP), que garantiu a participação de 60 empresas lusas de vários ramos da construção civil.
A nona edição da feira contou com a participação de 372 expositores oriundos de Portugal, Espanha, Itália, Alemanha, China, Brasil e a estreante Turquia. 
O presidente do Conselho de Administração da Feira Internacional de Luanda, Matos Cardoso, pediu aos empresários que colaborem na criação de mecanismos que visem uma redução significativa dos preços das habitações que se situem acima dos 50 mil dólares norte-americanos. "As populações infelizmente não possuem condições para suportar os custos de uma habitação a preços acima de 50 e 80 mil dólares. Por isso, as empresas devem projectar casas sociais", ressaltou. Segundo Matos Cardoso, a redução dos preços das habitações vai permitir o crescimento acelerado do mercado imobiliário e da economia nacional. 
Por seu lado, o director da Arena Direct, Bruno Albernaz, disse que a feira, que no próximo ano completa dez anos, apoia a promoção de políticas sociais que estimulem o desenvolvimento económico sustentado e o incremento da qualidade de vida das populações.

"A introdução de um espaço dedicado ao planeamento, gestão urbanística e arquitectura contribui para a melhoria das condições dos centros habitacionais", realçou. 
A feira "Projekta by Constrói Angola" é organizada pela FIL em parceria com a empresa Arena Direct. Este ano, promoveu um ciclo de conferências com a Associação dos Empreiteiros de Construção Civil e Obras Públicas de Angola (AECCOPA).
Durante três dias foram debatidos os temas "Construção e desenvolvimento em Angola", "Construção acelera crescimento da economia a retalho: um novo motor do sector da construção", "Habitação - da necessidade à qualidade."

ADMINISTRADOR DO AMBOIM PEDE PARTICIPAÇÃO DOS JOVENS

O administrador do Amboim, Rui Miguel, lançou ontem, na cidade da Gabela, um apelo aos jovens para que se associem aos esforços do governo para a concretização dos programas que visam o desenvolvimento socioeconómico do município.
O responsável disse que o município enfrenta dificuldades de vária ordem e precisa dos esforços conjugados dos seus habitantes para ultrapassar tais problemas, principalmente os ligados aos jovens, a força motriz de qualquer sociedade. O administrador do Amboim apontou o sector social como o que mais carece de investimentos imediatos, para se dar resposta aos anseios das populações.
Os sectores da saúde e da educação, disse Rui Miguel, precisam de reajustes em termos de aplicação dos recursos humanos e financeiros, sublinhando que as verbas que lhe são destinadas têm de atenuar as dificuldades, ao contrário do que acontece na prática.
O Programa Integrado de Desenvolvimento Rural e Combate à Pobreza e um outro relacionado com os cuidados primários contemplam quotas financeiras para os sectores da saúde e educação, mas, de acordo com o administrador, ainda não foi conseguida a eficácia esperada, devido à má aplicação desses recursos.
No caso particular do sector da educação, defendeu a necessidade da desburocratização da área, sublinhando que a sede do município concentra um maior número de professores, em detrimento da zona rural, que enfrenta uma grande crise de quadros.
O sector tem uma rede de 25 escolas de carácter definitivo e 24 de construção provisória, frequentadas por um total de 381.744 alunos da iniciação à 12ª classe. No entanto, e apesar de dispor de 1.123 professores, estes não são suficientes para dar resposta às necessidades, o mesmo acontecendo com os estabelecimentos escolares, deixando de fora do sistema 6.258 crianças.
Quanto à saúde, a rede sanitária compreende dois hospitais municipais, sendo um na sede e outro na Boa Entrada, seis centros de saúde, 11 postos de saúde e cinco móveis do PAV. O corpo clínico é constituído por 13 médicos, dos quais apenas dois nacionais, e 175 enfermeiros.

terça-feira, 25 de outubro de 2011

MADIBA PODE LEVAR PAIHAMA E "XIETU" A TRIBUNAL

Os Serviços de Apoio ao Presidente da República encaminharam para o Tribunal Supremo uma queixa-crime apresentada pela empresa Prevel Organizações Joravi contra o actual ministro dos Antigos Combatentes e Veteranos da Pátria, Kundi Paihama, e o director geral da Caixa de Segurança Social das Forças Armadas, general João Luís Neto “Xietu”.
O grupo de assessores do Presidente da República pediu maior celeridade desta instituição no esclarecimento do caso, relacionado com o suposto esbulho que o empresário José Figueira Victor, sócio maioritário da empresa queixosa, diz ter sofrido por parte de uma empresa de interesse do então ministro da Defesa, que acabou por ficar com o Complexo Turístico Madiba.

Num documento enviado ao Procurador-Geral da República, João Maria de Sousa, o queixoso denuncia igualmente que num manifesto desvio e abuso de poderes ou de funções públicas, o Complexo Turístico Madiba se encontra em posse e na gestão da empresa de ‘interesse familiar do general Kundi Paihama e que ali procede a exposição e venda de carros de luxo, designadamente a empresa TS – Investimentos, Lda, cuja propriedade é atribuída aos Tulumbas”. Esta empresa possui sede no Lubango, Huíla, e uma filial em Luanda, na rua Francisco das Necessidades Castelo Branco.

Consta ainda na mesma denúncia que o mesmo complexo, enquanto prédio rústico (terreno), sito no sector do Talatona, município da Samba, descrito na Conservatória Predial de Luanda tem o direito de superfície constituído a favor do ministro, em representação da Caixa de Segurança Social das FAA e do Ministério da Defesa.
Situada na avenida Pedro de Castro Van-Dúnem ‘Loy’, o referido complexo turístico era gerido pela Prevel na base de um acordo que esta firma rubricou com a Caixa de Segurança Social das FAA.

Mas a Caixa de Segurança Social, dirigida pelo general na reserva José Luís Neto “Xietu”, rompeu unilateralmente o contrato com a gestora do Complexo Turístico Madiba, invadiram e tomaram de assalto a referida infra-estrutura com cerca de 50 homens fortemente armados, pertencentes à Polícia Militar do Comando da Guarnição de Luanda. Mantiveram o empresário ‘preso’ no seu interior durante três dias.
A ‘invasão’ desrespeitou a sentença 76/04, do dia 25 de Agosto, em que a 2a secção da Sala de Cível e Administrativo do Tribunal Provincial de Luanda condenava a Caixa de Segurança Social/Ministério da Defesa a “se abster de perturbar e ameaçar a posse” da Prevel. 

Foi também ignorada outra decisão judicial, com o número 117/07, de 19 de Outubro de 2007, que sentenciava a instituição do general ‘Xietu’ e o ministério ‘a não perturbarem a posse da autora (PrevelOrganizações Juravi), relativamente ao Complexo Turístico Madiba, independentemente da caducidade do contrato para exploração e gestão do referido complexo, até ao pagamento de todas as obrigações pecuniárias a que esta tem direito’.
Há três anos, a juíza Paula Rangel Cabral não deu provimento a um recurso apresentado pela defesa da Caixa de Segurança Social das FAA, representada pelo advogado João Lenda. E a magistrada requisitou força pública para que se procedesse a entrega do Complexo Turístico Madiba à Prevel, solicitando ao então comandante provincial de Luanda da Polícia Nacional, Joaquim “Quim” Ribeiro que fornecesse efectivos suficientes para o asseguramento da entrega daquelas instalações.

Mas os advogados da Caixa obviaram a execução da sentença e ofereceram-se a pagar uma caução, que seria depositada numa conta aberta no Banco de Poupança e Crédito (BPC). A promessa nunca foi concretizada, segundo apurou este jornal. A Caixa de Segurança Social, que transferiu a gestão do espaço para a ST Investimentos, devia pagar três milhões de dólares pelas melhorias realizadas no espaço, que acrescida a outras obrigações ultrapassaria os sete milhões de dólares, sem os juros incluídos.
Na altura, uma fonte deste jornal contou a O PAÍS que o valor era muito elevado, razão pela qual o Ministério Público aconselhara as partes em conflito, nomeadamente a Caixa de Segurança Social das FAA/Ministério da Defesa e a Prevel a negociarem os montantes da indemnização.

Tentativa goradaO ex-ministro da Defesa, apresentado pela acusação como um dos
beneficiários do complexo em causa, chegou de convocar o empresário e militar na reserva José Victor para que este prestasse informações sobre a penhora que sofrera instigado pelo antigo pelouro de Kundi Paihama e a Caixa de Segurança Social das Forças Armadas.
Testemunhado por alguns oficiais superiores das FAA, José Victor usou uma esferográfica que o MPLA apresentou na última campanha eleitoral, podendo projectar a imagem do presidente deste partido, José Eduardo dos Santos.
O facto de a luz com a imagem do também Chefe de Estado ter sido projectado em direcção do actual ministro dos Antigos Combatentes e Veteranos da Pátria foi motivo suficiente para que este acusasse supostamente o empresário de lhe ter causado um mal-estar.
José Victor relatou o sucedido ao Bureau Político, uma vez que se pretendia uma peritagem à esferográfica em causa e não tinha confiança nos indivíduos encarregues por tal trabalho. “Achava conveniente a sua devolução às estruturas competente do partido no poder, onde foi adquirida, porque as canetas foram distribuídas aos milhares pelo país como material de propaganda”, lê-se um documento que O PAÍS apurou.

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

PORTO AMBOIM DE REGRESSO AOS TEMPOS AUREOS

Porto Amboim, antiga Benguela Velha, na província de Kwanza-Sul, assinalou, no dia 15 de Outubro, 424 anos da sua elevação à categoria de cidade, com o signo de progresso e optimismo dos seus habitantes.
A localização geográfica, potencialidades piscatórias e agrícolas fazem da cidade de Porto Amboim o destino promissor de muitos angolanos, que nela se revêem e de que se orgulham. 
À semelhança de outros municípios da província do Kwanza-Sul e do país, em geral, o desenvolvimento da cidade esteve condicionado pelos efeitos colaterais do conflito armado, circunstâncias que causaram o adiamento de muitos projectos que visavam o seu desenvolvimento social, económico e cultural. 
Outro factor constrangedor deveu-se ao facto de muitos filhos da terra partirem para outras localidades do país e para o estrangeiro, em busca de soluções do ponto de vista da formação académica e técnicoprofissional, uma vez que o município e a província não dispunham de ofertas, nos referidos domínios.

Êxitos alcançados

De acordo com o administrador Francisco Kapassola, com o alcance da paz definitiva, em Angola, o Executivo gizou programas e projectos para que a cidade pudesse reavivar e resgatar o seu potencial agropecuário e industrial, no âmbito regional e nacional. É assim que, hoje, são visíveis os níveis de desenvolvimento, nos mais variados aspectos, com destaque para os sectores da indústria piscatória, agropecuária, indústria transformadora e nos sectores sociais. 
O maior orgulho da administração do município resulta do dinamismo verificado no sector privado, que vem dando o seu contributo para o desenvolvimento de Porto Amboim, muito em particular das empresas do ramo das bebidas e de água mineral, entre outras.
A Peskwanza, apesar do momento não menos bom que está a viver, é, em seu entender, um gigante com perspectivas promissoras na captura, congelação e transformação de pescado e, segundo os responsáveis da empresa, aguarda-se por um investimento para dinamizar o seu funcionamento.
A implantação na localidade de empresas ligadas ao sector petrolífero, nomeadamente, a Paenal e a Heerema Group, tal como o início da construção da subestação da Empresa Nacional de Electricidade (ENE) constituem apostas que transformaram a cidade de Porto Amboim num verdadeiro "pólo de desenvolvimento". Os ganhos estão à vista de todos, a começar pela garantia de empregos directos aos habitantes da região, sublinhou o responsável administrativo.
O desenvolvimento da cidade, acrescentou, não está apenas nos sectores da agropecuária e indústria, pois a rede hoteleira está em franco crescimento, aliado ao seu potencial turístico, que encanta todos que ali se deslocam.
O desenvolvimento de Porto Amboim, segundo Francisco Kapassola, constitui a aposta de todos, com base em projectos concebidos pelo conselho municipal de concertação e auscultação social.

Projectos sociais

Para além do potencial em recursos naturais, os habitantes são exímios trabalhadores em todos os sectores. Todos os dias, operários, camponeses e comerciantes se empenham em executar várias tarefas e, assim, vão transformando a cidade num verdadeiro estaleiro de obras.
A administração traçou um plano de desenvolvimento municipal para responder às reais necessidades das populações e imprimir nova dinâmica ao contexto social e económico. Mas, a crise financeira e económica teve repercussões negativas sobre o programa, um atraso verificado na revisão do Orçamento Geral do Estado, que provocou a paralisação de muitos projectos que, agora, vão ser executados, no âmbito do Programa de Combate à Fome e à Pobreza.
Por isso mesmo, considerou que um dos grandes desafios da administração municipal é a execução de projectos sociais que respondam às necessidades prementes das populações. A continuação da construção do novo porto pelo Executivo é, na sua perspectiva, a esperança da revitalização da actividade pesqueira e ponto de partida para o desenvolvimento do município.
As acções de saneamento do meio, a construção de uma rede de distribuição de água potável, na sede e nos arredores, a requalificação da cidade, entre outras acções, são para o administrador as grandes prioridades para os próximos tempos. Os sectores da Saúde e da Educação do município vivem várias dificuldades para dar resposta às necessidades das populações. Por isso, as autoridades locais redobram esforços para alterar o quadro.
A rede sanitária conta com um hospital municipal, com 85 camas para internamento, três centros médicos e 13 postos de saúde. O corpo clínico é constituído por 19 médicos, dos quais 16 estrangeiros e três nacionais, 80 enfermeiros de vários escalões e nove técnicos.
Os casos de paludismo, doenças respiratórias e diarreicas agudas são as principais enfermidades entre a população daquela parcela da província do Kwanza-Sul.
Quanto à educação, o sector comporta uma rede escolar de 201 salas, estando, neste ano lectivo, matriculados um total de 26.480 alunos, nos vários subsistemas de ensino. As aulas são garantidas por 720 professores.
Apesar dos indicadores de crescimento, o município apresenta ainda carências, em termos de infra-estruturas escolares e professores. A situação está a contribuir para que um total de quatro mil crianças, dos seis aos 14 anos, fique fora do sistema. A pesca constitui o sector primário da economia da localidade, mas vive imensas dificuldades, devido à degradação das infra-estruturas e de equipamentos de pesca, falta de incentivos financeiros, entre outros condicionalismos. Os responsáveis apontam também a concorrência desleal de embarcações industriais de alto porte.

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

JOGO DO TITULO DO GIRABOLA VAI SER DISPUTADO EM CALULO

O Benfica de Luanda e o Recreativo da Caála abrem hoje, às 16h00, no estádio da Cidadela, a 28ª jornada do Campeonato Nacional de Futebol da I Divisão, cujo destaque recai para o desafio de amanhã, na vila de Calulo, entre o Recreativo do Libolo e o Kabuscorp do Palanca. 
As águias encontram-se no 14º lugar do Girabola com 29 pontos, enquanto o conjunto do Planalto Central ocupa o quinto posto com 42. Na primeira volta o Benfica perdeu no estádio dos Kuricutelas, por 2-1.
Um desafio em que os encarnados da capital estão proibidos de perder, já que uma derrota os deixa mais aflitos na zona de despromoção, enquanto o conjunto do Recreativo da Caála tem garantida a manutenção para o Girabola-2012.
Luís Mariano, técnico do Benfica, espera desforrar-se do desaire da primeira volta, para fazer jus ao favoritismo na condição de anfitrião.
A ronda prossegue amanhã, às 15h00, na cidade de Benguela, onde o 1º de Maio defronta o ASA no estádio Eldefrides Costa (ex-Municipal), enquanto na Cidadela, às 16h00, o 1º de Agosto enfrenta o FC Cabinda. Para a mesma ronda, a Académica do Soyo recebe, também amanhã, às 15h30, o Progresso do Sambizanga no estádio dos Embondeiros, na vila petrolífera da província do Zaire. O Santos FC joga com o Sagrada Esperança amanhã, às 15h30, no estádio 11 de Novembro, também num dos jogos importantes da ronda. 
Para a conclusão da 28ª jornada, o FC Bravos do Maquis recebe, às 15h30, na próxima quarta-feira, o Interclube no estádio Jonas Kufuna Mundunduleno. À entrada desta ronda, o Recreativo do Libolo lidera a tabela classificativa do Girabola com 53 pontos, mais um que o Kabuscorp, enquanto a Académica do Lobito encontra-se na “cauda” com apenas 12 pontos .

CAFUNFO COM NOVA REDE DE ENERGIA ELECTRICA

A população da vila do Cafunfo, 45 quilómetros da sede municipal do Cuango, província da Lunda-Norte, vai, a partir dos próximos dias, contar com uma nova rede eléctrica, com a entrada em funcionamento da linha de média e baixa tensão.
A informação foi dada na terça-feira pelo responsável da obra, Kibuku Mubangu, aquando da visita de constatação do governador provincial, Ernesto Muangala, à referida localidade.
Segundo Kibuku Mubangu, o investimento permitirá o restabelecimento da iluminação pública e domiciliária na vila mineira do Cafunfo, 15 anos depois. 
Kibuku Mubangu, responsável da empresa “Soneambrósio”, encarregue da execução do projecto, afirmou que os trabalhos, iniciados no passado mês de Julho, terminam dentro de 30 dias.
O projecto contempla a extensão da rede média e de baixa tensão, com a instalação de oito postos de transformação de 160 KVA cada, dos quais quatro estão concluídos.
Estes postos de transformação, acrescentou, vão ser assegurados por dois grupos geradores, sendo um novo e outro antigo, ambos com uma capacidade de 1.000 KVA, com potência aproximada de dois megawatts. A rede de baixa e média tensão, estimada em 15 quilómetros, segundo Kibuku Mubangu, vai melhorar a vida na comunidade e garantir o desenvolvimento da actividade comercial e da pequena indústria.
O fornecimento de energia eléctrica vai abranger, igualmente, as instituições públicas, como escolas, centros médicos e postos policiais, segundo Kibuku Mubangu.

A instalação da nova rede eléctrica permitiu o emprego temporário a sete jovens, formados nas especialidades de electricidade, a partir dos centros locais de formação profissional e pavilhões de artes e ofícios existentes na província.

MAIS ENERGIA ELECTRICA PARA O KUANZA SUL

O fornecimento de energia eléctrica às cidades do Sumbe, Porto Amboim e Gabela, na província do Kwanza-Sul, está, nos últimos dias, a conhecer melhorias significativas, devido ao programa de reabilitação da rede de média tensão, substituição paulatina dos cabos obsoletos e a reabilitação da rede nas zonas suburbanas.
O director provincial da Empresa Nacional de Electricidade (ENE), Rosário de Almeida, afirmou ontem ao Jornal de Angola que a empresa gizou um projecto, iniciado em Setembro último, por um período de quatro meses, que visa a reabilitação da linha de transportação de energia da subestação da Gabela ao Sumbe, que passa dos actuais 30 para 60 KVA. 
A execução da obra, cujo valor não foi dado a conhecer, está adjudicada à empresa Elecnor, auxiliada pelos técnicos da ENE local. Segundo ele, os trabalhos já efectuados cifram-se em 97 por cento. Uma vez concluído, assegurou, os clientes beneficiam de energia eléctrica com melhor qualidade.

Bairros periféricos
O responsável da ENE disse que este programa é contínuo e só fica concluído quando estabilizar o fornecimento da energia eléctrica às principais cidades da província, Sumbe, Gabela e Porto Amboim.
Rosário de Almeida tranquilizou os moradores dos bairros periféricos abastecidos com fraca energia, porque dentro em breve a situação é ultrapassada com a conclusão dos trabalhos em curso. 
Rosário de Almeida revelou que tão logo as condições estejam criadas, a cidade do Waku-Kungo e as vilas da Quibala e da Conda beneficiam de energia da central hidroeléctrica de Cambambe.
O Director provincial da ENE frisou que uma das políticas definidas pela companhia prende-se com a instalação do sistema pré-pago nas áreas onde a energia é estável.
Assim, para o próximo ano, está prevista a montagem na Gabela de contadores deste sistema, a que se seguirão as cidades do Sumbe e Porto Amboim.
O responsável da ENE, sem precisar o montante global, mostrou a sua insatisfação pela existência de avultadas dívidas, contraídas sobretudo por empresas públicas.
Rosário de Almeida afirmou que as dívidas constituem um grande problema para a empresa, na medida em que fica impossibilitada de realizar qualquer investimento.
Para a saída dessa situação, a empresa tem exercido pressão junto das instituições devedoras, para saldarem os débitos, sob pena de se recorrer às instâncias judiciais. 
Esse procedimento, continuou a fonte, não abrange clientes singulares, porque muitos deles conservam a cultura de regularmente fazer os pagamentos à ENE.

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

MISSE UNIVERSO CHEGA DIA 27 A LUANDA

A Miss Universo Leila Lopes, chega, no dia 27, a Luanda onde até 30, cumpre uma agenda bastante preenchida, disse, ao Jornal de Angola, uma fonte do Comité Miss Universo. 
Entre os compromissos agendados, salienta-se, logo no primeiro dia, o encontro com a Primeira-Dama e madrinha do Comité Miss Angola, Ana Paula dos Santos.
Leila Lopes tem também marcadas visitas a projectos que iniciou enquanto Miss Angola e que continuam em funcionamento através do departamento de Projectos Sociais do Comité Miss Angola. 
A mesma fonte afirmou, ao Jornal de Angola, que, além de demonstrar o amor ao próximo, durante a sua estadia a Miss Universo Leila Lopes vai dar o exemplo da importância de apoiar projectos sociais.