quarta-feira, 9 de novembro de 2011

LINGUAS NACIONAIS NO ENSINO PUBLICO EM ANGOLA

O director-geral do Instituto Nacional de Investigação e Desenvolvimento da Educação (INIDE), David Chivela, revelou ontem, em Luanda, que, dentro de dois anos, as línguas nacionais vão ser leccionadas no ensino primário.
Em declarações à comunicação social, à margem da cerimónia de abertura das segundas jornadas científicas e pedagógicas do INIDE, David Chivela sublinhou que, numa primeira fase, as línguas nacionais vão ser leccionadas até à terceira classe. 
O projecto de ensino das línguas nacionais está em curso, com a formação de professores. As línguas que já possuem gramáticas e ou dicionários, como o kimbundu, kicongo, nhaneka humbi, umbundo, nganguela, ochikuanhama e cokwe, são prioritárias.
“Entendemos que devemos ir devagar e com segurança, por isso, estamos a formar os professores para não deturparmos o real valor, o papel e a influência das línguas nacionais”, sublinhou David Chivela.
Sobre as segundas jornadas, que terminam hoje, o director David Chivela afirmou que o INIDE estimula a qualidade de ensino, acrescentando que o órgão que dirige procura melhorar a metodologia e o programa do professor, com novos conteúdos.
Espera-se, acrescentou, que os novos conteúdos não sejam muito volumosos, “porque, às vezes, não se coadunam com o tempo de ensino”. O gestor David Chivela, falando dos novos conteúdos, afirmou que “são módulos de carácter transversal que têm a ver com a questão da saúde escolar, a saúde reprodutiva, a preservação do meio ambiente e o combate ao VIH/SIDA, para que os alunos estejam actualizados”. Quanto às mudanças que possam ocorrer no ensino da História de Angola, o director do Instituto de Desenvolvimento da Educação, David Chivela, disse existir uma equipa que realiza visitas a aldeias do país, a alguns países africanos e a Portugal.
As primeiras jornadas foram realizadas em 2003, quando foram lançadas as bases da Reforma do Sistema Educativo.

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