Não passava da simples rapariga que lavava a roupa ao seu senhor, embora na verdade fosse um pouco mais do que isso – pois, enquanto a senhora estava no «Puto», também era ela que partilhava a sua cama, era ela que estava disponível sempre que a ele lhe apetecia um pouco de prazer. Não esperava nada em troca, como se aquilo fizesse parte da sua obrigação. Tudo acabou quando o «seu» senhor resolveu mandar vir a senhora do «Puto» e com ela vieram também os «meninos», os seus filhos; assim deixou de ser necessária e desejada, voltando novamente para a sua antiga vida, para a escolha do coconote e para a apanha do café.
Não esperara nada em troca pelos anos de dedicação e submissão, mas também não esperara levar um filho no ventre, fruto de uma relação sem amor, mas ainda assim de partilha e entrega.
Quando o seu estado de gravidez já não a deixava vergar- se para continuar a trabalhar, e assim poder matar a fome, achou que era altura de se dirigir ao pai da criança. Embora fosse iletrada e bastante humilde, achava que o pai do bebé....
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