Tudo indica que estão reunidas as condições para a despromoção e expulsão do comissário Quim Ribeiro, à semelhança dos arguidos no “Caso Frescura”, com o anúncio da sua exoneração do cargo de comandante provincial da Polícia de Luanda, apurou O PAÍS de uma fonte do Ministério do Interior.
A mesma fonte acrescenta que, com este último passo, a Procuradoria das Forças Armadas Angolanas já está em condições de constituí-lo arguido, tal como aos demais arrolados no mesmo processo.
Apesar de não se ter dado conhecimento das causas que estiveram na base da sua exoneração, observadores admitem que a medida tenha resultado da confirmação, no quadro do inquérito interno, da sua culpabilidade em relação às acusações de que foi alvo.
Além disso, admite-se que a medida tenha resultado ainda da necessidade de se criarem condições objectivas para o curso normal da instrução processual que está a ser levada a cabo nas Procuradorias Geral da República e Militar.
A instrução processual por estes dois órgãos de justiça sugere que o comissário Quim Ribeiro pode vir a ser indiciado no caso do homicídio dos oficiais do Ministério do Interior e ainda de envolvimento no descaminho de dinheiro do “Caso BNA”.
Aliás, O PAÍS apurou mesmo que o inquérito remetido às instâncias superiores propunha já a sua exoneração do cargo de comandante provincial da Polícia de Luanda, como medida disciplinar decorrente do cometimento de crime.
CÁRCERE À VISTA
A fonte de O PAÍS confidenciou que neste momento estão a ser criadas as condições para o seu encarceramento que pode ocorrer nos próximos dias, quando for acusado formalmente da prática de crime por um procurador.
ANTÓNIO JOÃO VIOLA CÓDIGO PROCESSUAL
A fonte que vimos citando disse, em relação ao comandante da Direcção provincial da Investigação Criminal, que ele foi detido, tal como O PAÍS anunciara na sua página online de segunda feira, por ter tido conhecimento dos factos criminosos e não os ter denunciado como mandam as normas processuais.
De facto, encontrava-se numa situação reconhecidamente melindrosa ao ter de denunciar o seu superior hierárquico, mas a sua situação foi agravada pelo facto de se recusar a reconhecer a sua falta durante o interrogatório com o Procurador na Polícia Judiciária Militar.
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