O Morro do Binda, cujas encostas e ribanceiras guardam testemunhos de trágicos acidentes ocorridos ao longo dos anos e é um pesadelo para quem por lá tem de passar, vai brevemente poder ser percorrido com segurança e tranquilidade. Segundo o director provincial do Kwanza-Norte do Instituto Nacional de Estradas de Angola (INEA), Mendonça Luís, a estrada que atravessa o morro está em reabilitação.
O responsável do INEA disse ao Jornal de Angola que a empreitada de reabilitação e ampliação da estrada que vai da região do Alto Dondo ao Morro do Binda está a cargo do Gabinete de Reconstrução Nacional e que, tendo em conta o crescente tráfego na zona, a via será significativamente alargada e beneficiará de áreas para estacionamento de viaturas ligeiras e pesadas. O novo tapete asfáltico vai ter uma largura de nove metros, ao contrário dos actuais seis.
“Ao longo do Morro do Binda vão ser implementadas zonas para estacionamento de viaturas ligeiras e pesadas, para os casos em que aconteçam avarias ou quaisquer outras eventualidades”, afirmou. Também haverá todo o cuidado com a sinalização vertical e horizontal, de modo evitar ao máximo a ocorrência de acidentes.
Entre Maria Teresa, no município de Icolo Bengo (província do Bengo) e a localidade de Cachilo, no Cazengo (Kwanza-Norte), um troço de 60 quilómetros, a via está em fase adiantada de reabilitação e ampliação. Cerca de 47 quilómetros já receberam a camada de base, estando desse modo prontos para serem cobertos pela de asfalto. O fim da obra está previsto para meados de 2011, com garantia de assistência técnica de dois anos. O prazo de vida útil da estrada, depois de reabilitada, está estimado em dez anos. A via, cuja obra está a cargo da empreiteira Manuel Couto Alves, contará com duas faixas de rodagem, de três metros e meio de largura cada.
“Em cada comunidade ribeirinha serão feitas passadeiras para possibilitar o trânsito de peões, evitando assim transtornos aos automobilistas”, disse Mendonça Luís.
Quanto às obras do troço entre o município do Lucala e o Negage, este último na província do Uíge, já foram asfaltados oito quilómetros, dos 194 previstos. O responsável apontou a recente crise financeira internacional, que teve incidências na economia do país, como a razão fundamental para o atraso da obra, cujo fim ainda não tem data prevista, mas estima-se que aconteça em 2011.
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