quarta-feira, 3 de março de 2010

LEI DA PROBIDADE

Cidadãos aplaudem vigência da Lei de Probidade Administrativa

Angop
Primeiro secretário municipal do Kilamba Kiaxi do MPLA, José Bandeira
Primeiro secretário municipal do Kilamba Kiaxi do MPLA, José Bandeira
Luanda – A vigência da Lei de Probidade Administrativa, que brevemente será aprovada pela Assembleia Nacional, na sequência da Constituição da República de Angola, vai marcar um ponto de ruptura com o passado, consideram hoje, terça-feira, cidadãos inquiridos pela Angop, em Luanda, sobre a matéria.
Segundo citadinos, a vigência do diploma vai impor uma atitude mais responsável perante o trabalho e a coisa pública, estabelecendo a “tolerância zero”, declarada pelo Presidente da República, José Eduardo dos Santos, com relação à falta de transparência e a má gestão do erário público.
Para o primeiro secretário municipal do Kilamba Kiaxi do MPLA, José Bandeira, nesta 3ª República os governantes devem ter um carácter diferente, de modo a materializar-se a palavra de ordem proclamada na década de 70, pelo fundador da nação angolana, Agostinho Neto, de que “O mais importante é resolver os problemas do povo”.
Disse acreditar na aplicabilidade da lei, afirmando que os militantes do MPLA, particularmente os administradores municipal e comunais da circunscrição, assim como as comissões de moradores e outras associações, serão chamados a prestarem o seu contributo no sentido de fiscalizar o cumprimento do diploma.
Por seu turno, Luís Leiria, funcionário público, disse que a Lei de Probidade Administrativa é de extrema importância para a vida do país, porquanto vai reduzir os excessos que certos gestores têm cometido, ao ponto de se apropriarem indevidamente do erário público.
“Para todos os efeitos, a lei será bem vinda e pensamos que toda a população deve apoiar os órgãos encarregues de fiscalizar o seu cumprimento de forma implacável”, encorajou, ao mesmo tempo que defendeu a necessidade da divulgação do instrumento jurídico.
De realçar que o comité provincial de Luanda do MPLA promoveu no fim-de-semana uma palestra sobre a Lei de Probidade Administrativa, tendo mobilizado centenas de militantes dos mais variados estratos sociais e estruturas partidárias, os quais apoiaram amplamente a aprovação do diploma.
“A palestra foi um autêntico exercício pedagógico e esperamos que as entidades de direito tenham a audácia de fazer cumprir escrupulosamente a lei para a moralização da sociedade”, exprimiram os cidadãos inconformados com o modo como alguns gestores têm gerido o património público.
A Lei de Probidade, aprovada já em Conselho de Ministro e que brevemente será discutida pela Assembleia Nacional, visa abranger toda a actividade pública e, por este facto, todos os responsáveis ou gestores públicos terão a obrigação de respeitar e observar rigorosamente o que nela estiver definido.

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