Os bebés siameses angolanos internados no Hospital Dona Estefânia, em Lisboa, não podem ser separados por terem o coração e o fígado em comum, anunciou ontem o hospital.
Segundo a agência Lusa, novos exames realizados em Portugal aos bebés siameses, nascidos na província angolana do Kwanza-Sul, revelaram que a operação para a sua separação é impossível por possuírem o coração e o fígado em comum, afirmou o Conselho Científico do Hospital Dona Estefânia, onde os bebés se encontram internados desde a semana passada.
“Os gémeos siameses vindos de Luanda para avaliação clínica com o objectivo de separação, foram submetidos a diversos exames complementares de diagnóstico durante o fim-de-semana e avaliados por uma equipa multidisciplinar, constituída por várias especialistas”. Face aos resultados obtidos, “o hospital lamenta informar que a separação é inviável, no estado actual do conhecimento científico".
Os exames realizados dão conta, ao contrário dos primeiros realizados em Angola, que as crianças unidas pelo tórax e abdómen têm o mesmo coração e fígado.
Os bebés, do sexo masculino e filhos de camponeses, nasceram em Agosto no Kwanza-Sul e foram transferidos para o Hospital Pediátrico de Luanda para serem separados.
Os exames preliminares efectuados nessa unidade hospitalar indicavam que os mesmos tinham o fígado e o coração independentes, restando dúvidas quanto aos intestinos.
Uma nota do departamento de saúde da Embaixada de Angola em Portugal informa que os bebés têm o regresso previsto para amanhã.
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