O pedido de rescisão unilateral de Hervé Renard do cargo de seleccionador nacional de futebol surpreendeu a direcção da Federação Angolana da modalidade (FAF), presidida por Justino Fernandes.
Na conferência de imprensa, realizada ontem, o presidente da FAF manifestou o seu espanto porque, em momento algum, o técnico ter dado indícios de querer deixar o comando dos Palancas Negras. Apesar de ter assumido que a direcção da FAF tinha três meses de salários em atraso com o treinador, de nacionalidade francesa, e com os seus adjuntos, Justino Fernandes disse que isso não era motivo suficiente para colocar o lugar à disposição.
“Não chegamos aos três meses de facto, no dia 29, recebemos a confirmação do Banco Nacional de Angola do pagamento na totalidade dos salários de toda a equipa técnica estrangeira”.
“Quando o técnico partiu de férias para a sua terra natal, nada fazia prever que fosse ter essa atitude”, referiu, frisando:
“Em momento algum Hervé Renard se mostrou insatisfeito com as condições postas ao seu dispor, pelo contrário, reconheceu ter encontrado em Angola condições que nunca encontrou em países onde trabalhou”.
“Quando chegou de Houston, após o jogo com o México, elogiou a FAF. De Portugal, na partida com o Uruguai, também o fez. Cumprimos todo o plano que nos solicitou atempadamente. Portanto, não percebemos”, lamentou.
Por não ter sido enviada qualquer carta prévia ao órgão reitor, a FAF, anunciou, já accionou a sua área jurídica para despoletar todos os procedimentos legais de acordo com as cláusulas contratuais.
Quando faltam sete dias para disputa do jogo com a Guiné-Bissau, Justino Fernandes não baixa a guarda e disse acreditar na vitória da equipa e consequente qualificação para a Taça de África das Nações, CAN, de 2012, no Gabão e na Guiné-Equatorial.Questionado se com a saída do técnico gaulês, a FAF vai continuar virada para o mercado estrangeiro, pediu calma e ponderação. Hervé Renard foi apresentado como seleccionador nacional em 8 de Abril.
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