O Presidente da República, José Eduardo dos Santos, inaugurou ontem, na vila da Cabala, a maior ponte do país, baptizada com o nome de 17 de Setembro, data natalícia do fundador da Nação angolana, Dr. António Agostinho Neto, nascido em Icolo e Bengo em 1922.
A abertura à circulação rodoviária da ponte sobre o rio Kwanza, com 1.534 metros, aconteceu na véspera da abertura oficial da peregrinação à Nossa Senhora da Muxima, o que não deixa de ser significativo na medida em que a infra-estrutura ora inaugurada vem facilitar o acesso de milhares de peregrinos à capela situada no município da Quissama, a 135 quilómetros de Luanda.
Ao proceder à apresentação da obra ao Presidente da República, que se fez acompanhar da Primeira-Dama, Ana Paula dos Santos, e de membros do Executivo, parlamentares, representantes de organizações religiosas e outros convidados, o ministro do Urbanismo e Construção, Fernando Fonseca, realçou a importância da ponte para “os largos milhares de angolanos que anualmente fazem a peregrinação de fé à Nossa Senhora da Muxima, um destino religioso, igualmente cultural”, e que passam a poder fazer a viagem com “mais segurança e mais conforto”.
Fernando Fonseca considerou a Ponte 17 de Setembro uma das maiores “obras de arte” construídas desde que o país conhece a paz efectiva, em Abril de 2002.
“A sua envergadura mostra bem a razão de ser da opção de engenharia feita, tendo em conta o conjunto de factores de natureza económica, social, cultural e ambiental que lhe são subjacentes.”
Além do benefício aos peregrinos da Nossa Senhora da Muxima, que vêem assim encurtada a distância e melhoradas as condições de acesso, o ministro apontou outras vantagens decorrentes da abertura da circulação naquela ponte:
“Esta ponte vai jogar um papel determinante no conceito de corredor interior alternativo ao corredor litoral, que terá como resultado imediato o alívio do fluxo de tráfego usuário no sector oriental e norte da cidade de Luanda, servindo a Zona Industrial de Luanda”.
“Com a conclusão da obra”, referiu, “o nosso corredor estabelecido entre Cabo Ledo, Muxima, Cabala e Catete vai permitir um novo fluxo de entrada e saída de Luanda metropolitana pelo lado oriental do eixo Catete/Viana e pelo lado norte no eixo Catete/Cacuaco”.
Acrescentou que a abertura da ponte permite “consolidar o eixo de ligação rodoviária Norte-Sul, entre as províncias do Bengo e Kwanza-Norte, do Kwanza-Sul e Benguela, e do Kwanza-Sul e Huambo, na rede fundamental de estradas”. O ministro lembrou ainda o papel da ponte na ligação fluvial do rio Kwanza, visto como “importante elo logístico, sempre disponível e pouco oneroso na cadeia de transportes outrora usados pelos nossos antepassados, opções que favorecem o desenvolvimento de todo o território nacional”.
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