sexta-feira, 31 de outubro de 2008

RECORDAÇÕES

Sinto-me amargo, acido como vinagre
Foi-se a esperança, tudo o que sonhei
Passou-se o tempo não houve um milagre
Morreu o futuro, tudo o que um dia amei

Tudo acabara na flor da juventude
Sonhos de amor e de felicidade
Bastou para isso perder a saúde
Morri para o mundo, para a sociedade


Quem não aparece acaba esquecido
O mundo sem ti continua em frente
Ainda que tenhas sido muito querido
És abandonado por toda essa gente


Pela madrugada sou acordado
Alguém suavemente me aperta a mão
É todas as noites o mesmo fado
Chegara a hora de mais uma injecção


Volto a dormir e torno a sonhar
Corro pelos campos, voltei a viver
Sinto-me leve e consigo voar
Mesmo sem pernas consigo correr

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