segunda-feira, 27 de outubro de 2008

O QUE EU ACHO

Esta não poderá se mais do que a minha simples opinião, mas de tudo o que tenho observado, de tudo o que tenho lido, cheguei a esta conclusão, que me perdoem os que acharem que estou errado, mas como a liberdade de expressão é aceite e comumente partilhada neste pequeno país em que nos encontramos, nada me impede de assim pensar e também registá-la neste espaço.
Enquanto nós angolanos de nascimento e outros que viveram por longos anos em Angola continuamos a chorar e a partilhar a dor dos muitos que tombaram nas guerras e dos milhões que hoje vivem em extrema dificuldade, nota-se uma certa soberba não do povo em si que continua a chorar pelos "colonizadores" que deixaram Angola, mas da classe dos chamados novos ricos, daqueles que aproveitaram os anos de luta para enriquecerem e hoje substituíram os chamados "colonos", para tratarem o povo bem pior do que aqueles a quem chamavam exploradores. Parece que tudo aquilo que diga respeito a Portugal é a partida encarado com alguma desconfiança, com algum desdém, embora da parte da maioria dos portugueses continue o sentimento fraterno, por uma nação nova que respeitamos, mas o mesmo povo com quem partilhamos longos anos de história e convivencia.
Nunca jamais eu vou renegar à nação que me acolheu, embora eu fosse angolano de nascimento. Se concordo com todas as suas políticas? Claro que não, mas não posso aceitar que uns poucos dos mais de catorze milhões do meu país de nascimento, continuem se não a odiar, porque acredito que não seja isso, mas a desconsiderarem um país e um povo amigo que tudo faz para que os erros passados (e houve-os de ambos os lados), não toldem as relações dos povos na sua maioria, porque infelizmente como acontece sempre nestes casos, é sempre uma pequena minoria que acaba por ofuscar o pensamento e o sentimento de todo um povo ou uma nação.

Sem comentários: