terça-feira, 2 de junho de 2009

BAIXA DE CASSANGE

Depois de muito se falar e escrever sobre o que se passou na Baixa de Cassange em 1961, resolvi fazer uma investigação mais apurada e o que constatei, veio dar razão àquilo que mais do que uma vez já escrevi: A história é feita dependendo sempre de quem a escreve e do momento em que é escrita, mas os exageros parecem ser demaisado evidentes.
As duas Companhias de militares portugueses que tomaram parte nesta acção não morriam de amores pela Cotonang, a companhia algodoeira que sem sombra de dúvidas explorava os trabalhadores angolanos e pelo que parece a coberto das autoridades coloniais. Isto é evidente nos relatórios feitos pelos dois comandantes que minuciosamente contam como tudo se passou. O curioso de tudo isto é que mesmo assim eles são paremptórios em dizer que as baixas não ultrapassaram os 300 mortos por parte dos amotinados, para além de duas centenas de feridos.
Até há pouco tempo ouviamos dizer por parte das actuais autoridades angolanas que o saldo das vitimas andou pela casa dos 10.000, mas eis que aparece um "historiador" de seu nome Pedro Gabriel que nas comemorações desta data em Mbanza Congo, resolveu subir a fasquia para a casa dos 20.000.
Para todos aqueles que querem saber de facto o que se passou, aconselho a fazerem uma investigação cuidadosa e não se deixarem levar por alguns "senhores" que apenas pretendem sobressair como patriotas e defensores da liberdade do povo.





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