CASO "FRESCURA" NA RECTA FINAL

TPA Caso «Frescura» caminha para o veredicto final

Depois de quase dois anos de intensa batalha jurídica, o processo judicial “Frescura”, caminha a passos largos para o veredicto final. Na penúltima sessão de julgamento, o juiz, fez a leitura dos 51 esquisitos baseados nas declarações dos familiares das vítimas, dos réus e dos argumentos dos advogados de defesa e acusação. Segundo o Juiz, Salomão Filipe (na foto), momento em que fazia a leitura dos “esquisitos”, ficou provado que na sequencia do envolvimento ao local da confraternização, os réus ordenaram aos 8 jovens que se colocassem de pé, rostos virados para uma parede ali existente, mãos ao alto e seguidamente a deitarem ao chão com os rostos virados à baixo. Ficou ainda provado, disse o juiz, que oficialmente de forma desalmada que os réus dispararam contra os jovens indiscriminadamente, causando morte imediata aos cidadãos, Elias Borges Pedro, Ismael Escorsio da Silva, Carlos Varanda Francisco, André Luís Marques Ganga e Paulo Fábio da Silva. Ficou também provado que os disparos sofridos, os cidadãos Aguinaldo de Azevedo Simões, Fernando Cristóvão Manuel e João André Van – Dúnem sofreram ferimentos graves, falecendo estes no hospital. Tão logo cessaram os disparos, acrescentou o juiz os réus retomaram a viatura que os transportou no local do crime, metendo-se em fuga. Ainda de acordo com o juiz Salomão Filipe, ficou provado igualmente que os réus agiram com a intenção de matar e que os acusados são conhecidos pelos moradores da “frescura” e que os “supostos” executores receberam ordens superiores, apenas para desmantelar os grupos criminosos da referida área. Depois da leitura dos “esquisitos”, os advogados de defesa propuseram algumas emendas, o juiz julgou procedente e introduziu mais três, perfazendo 54 “esquisitos”. A sentença do caso que vitimou 8 jovens da zona da “Frescura”, no sambizanga, em Luanda, será encerrada na próxima Segunda Feira, 22/3, as 10 horas.