NGONDA ELEITO PRESIDENTE DA "FNLA"

O sociólogo Lucas Benghy Ngonda foi eleito ontem presidente da FNLA com 660 votos, equivalentes a 82,70 por cento.

Em segundo lugar colocou-se o político Carlinhos Zassala, enquanto que Miguel Damião e Fernando Gomes situaram-se em terceiro e quarto lugar, respectivamente. O terceiro dia do 1º congresso extraordinário da FNLA foi marcado pelo atraso na eleição do presidente do partido, por questões processuais. Lucas Ngonda, Carlinhos Zassala, Fernando Gomes e Miguel Damião disputaram o pleito eleitoral.

A grande ausência é a do deputado Ngola Kabangu que não se revê neste congresso, por considerá-lo anti- estatutário. O chefe da bancada parlamentar da FNLA reafirmou a sua disposição para dialogar, mas “dentro das instâncias partidárias”. Cada um dos candidatos tem um programa traçado para a liderança da FNLA, mas todos eles são unânimes relativamente à necessidade de se trabalhar para a unidade do partido, que se encontra dividido em duas alas, uma das quais reconhecida pelo Tribunal Constitucional, liderada por Lucas Ngonda, e outra com Ngola Kabangu à testa.

A comissão eleitoral independente é constituída há sete anos pelos antigos mediadores do processo de reconciliação, liderada pelo padre Luís Konjimbe, reverendo Ntoni Nzinga e pelo cientista político João Kamboela.

Entre os delegados do congresso convocado por Lucas Ngonda estão duas filhas de Holden Roberto, Catarina e Graça Roberto. Para hoje, dia do encerramento, estão previstas as chegadas de mais uma filha e um sobrinho do fundador da FNLA.

O deputado Ngola Kabangu, líder da outra ala, tem do seu lado outro filho de Holden, Carlitos Roberto, que também ocupa um dos três lugares que a FNLA detém na Assembleia Nacional.