sábado, 26 de julho de 2008

OS RETORNADOS (continuação)

Quando se precisa não se é esquisito!
O mesmo aconteceu ao nosso jovem conterrâneo. Como não conseguia arranjar emprego na sua área, tornou-se vendedor e por ali andou até ao dia em que alguém lhe deu uma oportunidade para fazer as férias de um funcionário. Tinham-se passado já alguns anos desde que deixara a sua profissão, mas agarrou aquela oportunidade com "unhas e dentes" como se costuma dizer. À noite, enquanto outros dormiam, ele agarrava-se aos livros, tentando por-se em dia com as novas técnicas e leis de trabalho, pois se por qualquer motivo tentava esclarecer uma dúvida junto dos colegas, a resposta não se fazia esperar: se veio para o lugar de..., então tem obrigação de saber isso.
Após o mês, foi convidado para fazer parte dos quadros da empresa e passados poucos anos já tinha chegado ao topo e era agora responsável pelos serviços financeiros de mais quatro empresas do grupo além da Administração da primeira, que partilhava com mais duas pessoas.
As invejas eram muitas, mas aos poucos conseguiu impor-se a grangear a estima e o respeito dos seus colegas à excepção de um chefe de secção, que acabou por pedir a demissão.
Mais um exemplo de luta e tenacidade, própria daqueles que além de despojados e abandonados, conseguiram também ultrapassar o desdém daqueles que nos receberam.

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