quarta-feira, 20 de abril de 2011

CENSO DA POPULAÇÃO ANGOLANA JÁ TEM LUZ VERDE

A ministra do Planeamento, Ana Dias Lourenço, anunciou ontem na Assembleia Nacional que o recenseamento geral da população e habitação vai ser realizado em 2013. 
A ministra, que falava durante a apreciação da lei de autorização legislativa sobre o Recenseamento Geral da População e Habitação, esclareceu que a realização do censo não pode ser antecipada por se tratar de um trabalho complexo e exaustivo. "A prática internacional requer pelo menos três anos de preparação", disse a ministra, para acrescentar: "vamos, nos próximos dois anos, preparar convenientemente a operação estatística, para que possa ser realizada em 2013".
Ana Dias Lourenço refere que o recenseamento é efectuado em 2013, no período do cacimbo e de férias escolares. Feitas as contas, a data provável é às zero horas do dia 16 de Julho de 2013. A operação de campo vai de 16 de Julho a 18 de Agosto, segundo a ministra do Planeamento. "A execução financeira do censo vai constar em todos os Orçamentos do Estado, a partir do momento em que está dada a autorização legislativa para o Chefe do Executivo legislar", explicou a ministra do Planeamento. 
Ana Dias Lourenço disse, também, que há recomendações internacionais que aconselham a não realizar os registos estatísticos em ano de eleições. "Como 2012 é ano de eleições, então pode não ser o período indicado para o censo", disse a ministra. 
Os censos, segundo Ana Dias Lourenço, permitem também definir os objectivos e prioridades para políticas de desenvolvimento, planeamento do território e urbanismo, proceder a estudos de mercados e sondagens de opinião e investigação em ciências sociais e políticas. As Nações Unidas recomendam que os países realizem censos em intervalos regulares de pelo menos de dez anos. Os deputados foram unânimes em reconhecer a pertinência na aprovação da lei de autorização legislativa sobre o Recenseamento Geral da População e Habitação.
Nas intervenções, deputados da UNITA e do MPLA falaram da importância do diploma. Clarisse Caputo, da bancada parlamentar da UNITA, considerou bem-vindo o documento e afirmou que o censo é uma necessidade imperiosa para o país. O deputado João Pinto, do MPLA, disse que o diploma trata de uma matéria de interesse também económico para se poder planear a economia do país e a distribuição do rendimento nacional.

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