O ministro da Saúde, José Van-Dunem, considerou ontem, no Largo da Família, em Luanda, que a marcha de solidariedade contra a Sida, realizada ontem, inserida nas comemorações do Dia Mundial do Combate à Sida, é um exemplo de que “nós continuamos solidários, de uma maneira sustentada, a apoiar e a intervir neste combate”.
A marcha partiu da Cidadela Desportiva e terminou na Praça da Família, junto ao Parque da Independência. Participaram membros do Executivo, deputados, membros das Forças Armadas, da Polícia Nacional, organizações juvenis e milhares de pessoas.
“Estamos a mostrar vitalidade para vencermos esta luta e estamos a dar qualidade de vida às pessoas vivendo com Sida”, disse o ministro da Saúde.
O titular da pasta Saúde pediu a compreensão de todos, “porque as pessoas ao saberem que são seropositivas desenvolvem comportamentos de negação, culpabilização e revolta” numa primeira fase para depois se conformarem”. José Vam-Dúnem lembrou que a doença ainda não tem cura, mas os tratamentos permitem viver com qualidade.
“Nós temos mais de 500 unidades de testagem e oferecemos serviços de tratamento em 120 municípios. Mais de 65 mil pessoas infectadas estão a ser acompanhadas e 32 mil estão em tratamento”, rematou o ministro da Saúde. José Van-Dunem afirmou que há um decréscimo da Sida no nosso país. O ministro da Saúde disse que “o combate contra a Sida não pode ser ganho com pessimismo, nem com pessoas que desinformam. Este combate é de todos nós e temos, cada um, de assumir as responsabilidades, que começam pela protecção individual, pela passagem de mensagens educativas e também pela demonstração de que é cada vez mais possível viver de forma positiva com a doença”.
Acompanhamento gratuito
José Van-Dunem recordou que o último teste feito no município do Cazenga em mais de 400 pessoas, havia menos de 2,0 por cento de infectados. José Van-Dúnem recordou que o Ministério da Saúde tem disponíveis testagens, tratamentos e acompanhamentos gratuitos, e “fizemo-lo com consciência que é isto que deve ser feito aos cidadãos angolanos. É este o compromisso que o Executivo tem”, garantiu.
José Van-Dunem pediu às pessoas infectadas que não desanimem e que continuem a lutar contra a Sida, num combate que não permite exclusões porque é um combate gigantesco. O ministro da Saúde disse que o programa do Executivo do combate à pobreza está inserido no programa geral de combate contra a Sida, porque a Sida e a pobreza andam muitas vezes associadas. “Temos de ter confiança e esperança nas acções que estão em curso e juntarmo-nos ao esforço nacional para vencermos o combate contra a Sida”, disse José Van-Dúnem, que reconheceu o papel fundamental que a organização de pessoas vivendo com a doença deve desempenhar.
O representante da embaixada dos Estados Unidos em Angola e da Agência dos EUA para o desenvolvimento internacional, USAID, Randall Petrson, e a coordenadora da ONUSIDA em Angola, Renu Chahil, reiteraram o seu compromisso de continuar a trabalhar como parceiros do Executivo no combate ao VIH Sida.
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