O empate sem golos de ontem, no estádio internacional de Porto Sudão, frente ao Senegal, compromete seriamente as aspirações da selecção nacional de Angola de se qualificar à fase seguinte desta segunda edição do Campeonato Africano das Nações (CHAN), que se disputa no Sudão.
O Senegal entrou com uma postura ofensiva e remeteu os angolanos ao seu último reduto nos minutos iniciais. Mas, aos poucos e aos repelões, os Palancas foram sacudindo a pressão, embora também arriscassem pouco. Aliás, Love, abandonado lá entre os centrais, não constituía perigo para os defensores adversários.
Aos senegaleses o empate era um resultado que lhes interessava e, por isso, não arriscavam muito, temendo os contra-ataques dos angolanos. Estes, por sua vez, também pareciam ter medo de fazer uma abordagem mais ousada ao jogo. Dava até a impressão que o empate também servia os interesses dos angolanos.
Até ao intervalo, assistiu-se a um jogo incaracterístico, com a bola a ser jogada constantemente pelo ar, com o combinado senegalês a tirar benefício deste tipo de jogadas, dotado de maior estatura e a controlar a partida.No reatamento, aguardava-se por outra postura do combinado nacional angolano. Mas a toada manteve-se a mesma. Foi mesmo o Senegal que, na parte final, decidiu acelerar e dar outro cariz ao jogo, dando espaços ao ataque dos Palancas Negras, para sair em contra-ataques rápidos, que regra geral criavam embaraços ao último reduto dos angolanos.
Lito Vidigal, tardiamente, ainda tentou dar outra vida ao meio campo, que quase não dava conta das suas tarefas, com a entrada de Adawa. Mas a cadência do jogo manteve-se. Nem mesmo a entrada de Santana deu maior velocidade às jogadas ofensivas do conjunto angolano, que diga-se em abono da verdade, ontem, esteve irreconhecível. Nem mesmo Job conseguiu dar alegria ao jogo dos Palancas Negras.
Foi, enfim, uma exibição para esquecer de tão pálida. Angola soma dois pontos, no terceiro lugar da série, atrás do Senegal e Tunísia, ambos com quatro pontos, na liderança, sendo por isso obrigada a vencer, para aspirar a um lugar nos quartos-de-final, tendo ainda de depender do resultado do jogo entre o Senegal e a Tunísia.
Na última jornada, na próxima terça-feira, os Palancas Negras defrontam o Ruanda, último da tabela, em Hilal.
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