quinta-feira, 21 de outubro de 2010

TAXISTAS EM LUANDA COBRAM PREÇOS ILEGAIS


Manhã de ontem às sete horas. O trânsito entre o Golfe II e o Avô Kumbi é lento porque as ruas estão cheias de lama. Centenas de pessoas aguardam nas paragens os táxis para os Congolenses. Um "Hiace" pára e o cobrador grita no estilo habitual: "Congolenses, Congolenses!". Os passageiros entram e quando o cobrador exige 200 kwanzas pela corrida há confusão. Os passageiros reclamam e o cobrador diz que quem não quer pagar, pode sair do carro e ir a pé.
Perante a contestação geral, o motorista resolve fazer um discurso aos clientes: "estamos a cobrar 200 kwanzas porque há muita lama e buracos na estrada para os Congolenses, nós ficamos muito cansados. Se cada um pagar um pouco não custa nada e no fim podemos lavar o carro". Há mais protestos dentro do táxi mas ninguém sai.
Nas paragens corre a notícia que os taxistas estão a cobrar 200 kwanzas, que é o dobro do que foi acordado entre a Associação dos Taxistas e o Ministério das Finanças. Os mais contestatários partem a pé. Mas a maioria espera novo táxi e paga mesmo o preço que os taxistas exigem.
Os autocarros da TCUL são uma alternativa barata e confortável. Mas no Avô Kumbi, não fazem a rota dos Congolenses, apenas circulam entre o Golfe II, a Samba e Viana. Os passageiros são obrigados a aceitar os "assaltos" dos taxistas.         
A nossa reportagem viajou em quase todas as rotas dos bairros de Luanda e verificámos que muitos taxistas subiram os preços para 200 kwanzas, haja ou não lama e buracos. Estão mesmo a violar o acordo estabelecido entre a associação e o Executivo.
A situação está a provocar a indignação dos passageiros que chamam a este aumento selvagem "um assalto". Em muitas paragens houve confusão entre passageiros e cobradores. Mas o preço abusivo está em vigor. A reportagem do Jornal de Angola percorreu várias artérias de Luanda e constatou, às primeiras horas da manhã de ontem, que os taxistas cobravam 200 kwanzas na rota Avô Kumbi/Congolenses, Congolenses/Mutamba e Congolenses/Estalagem. Outra via onde os taxistas cobram 200 kwanzas é a que vai do antigo mercado Roque Santeiro até à Ilha de Luanda, e de São Paulo para o Rocha Pinto. Na rota Con golen ses/ Maianga, os taxistas encurtaram a rota. Cobram 100 kwanzas dos Congolenses até ao Colégio Elizangela Filomena e 100 kwanzas até à Maianga. São 200 kwanzas na mesma mas com o truque duas rotas onde apenas existe uma.  

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