sexta-feira, 6 de novembro de 2009

MASSACRE DA FRESCURA - 1


Caso MASSACRE DA FRESCURA, há um passo da sentença!

Entre o silêncio e o pranto, os oficiais da Polícia Nacional, apontados como os autores dos homicídios envolvidos no conhecido caso «Massacre da Frescura», estão divididos entre a inocência, e a aplicação da justiça, de acordo com o sucedido na audiência de Quinta – feira, 05/11, no Tribunal Provincial de Luanda.

A audiência reservada as alegações teve alguma limitação, visto que, era importante a presença de um declarante não identificado, que poderá ditar a sentença do caso.

Ainda assim, o Juiz Salomão Filipe, começou por perguntar aos acusados se realizariam alguma missão exagerada, cujo resultado envolvesse riscos pessoais, enquanto uns abstiveram-se da resposta, outros admitiram que seria também um crime o não cumprimento da ordem do superior hierárquico.

Enquanto os réus tiveram o direito a resposta, declararam o seguinte:
“Sou inocente e estou com a minha consciência limpa”, por outro lado “Não tenho nada a declarar, e espero que a justiça seja feita”, há quem dissesse, “Não estou em condições psicológicas para responder a este pergunta”.

Tendo em conta o ambiente contraditório e confuso entre os oficiais acusados, o Advogado da Acusação David Mendes, pediu que o seu colega da defesa aconselha-se melhor os réus a se defenderem, visto que, este silêncio que se nota neles, proveniente dos Comandantes da Polícia, não é favorável para o processo.

“Esta é a oportunidade soberana que os réus têm para se defenderem”, alertou o Advogado da acusação, a Reportagem da TPA.

Em resposta, o Advogado da defesa Manuel Marques Mariano, disse que, para além dos acusados não serem obrigados a falar, a situação não é nada fácil, atendendo que os mesmos vivem uma certa revolta.

Manuel Marques Mariano, disse mesmo, que o facto da Imprensa estar a acompanhar rigorosamente as audiências cria um certo incómodo.

Por conseguinte, o Juiz Salomão Filipe admitiu que, os réus podem estar a ocultar a verdade dos próprios advogados, por uma questão de receio, por isto mesmo, pediu que os advogados se organizassem melhor para buscar mais elementos que favoreçam a defesa dos constituintes, apoiando-se no que a Lei diz.

Depois destas intervenções, um dos arguidos, conhecido por «TCHUTCHU», entrou em pranto e por isso foi levado para fora da sala de julgamentos

A sessão de alegações, foi encaminhada para a próxima semana, por haver necessidade de se ouvir um declarante que traz informações extremamente importantes para ditar a sentença, de acordo com o Juiz.

De notar que, o caso Frescura, está relacionado com a morte de oito jovens, que foram simultaneamente executados quando desfrutavam de um momento de lazer, na noite do dia 23 de Julho de 2008, no Largo da Frescura, Município do Sambizanga.

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