Acaba-se a esperança, deseja-se a morte
Sente-se a angustia chora-se baixinho
Sentimentos de raiva, maldiz-se a sorte
Ora-se a Deus pedindo um cantinho
Odeia-se o mundo, toda a sua gente
Sente-se inveja de quem pode andar
Passa-se o dia a torturar a mente
Apenas há passado para recordar
Recorda-se aquilo que ficou por fazer
Também outras coisas que não se fizeram
Tantas palavras que ficaram por dizer
Lembram-se amigos que desapareceram
Porquê só a mente não quis dormir
Quando todo corpo já não lhe obedece
Para quê ter um corpo só a fingir
Quando até a mente dele se esquece
Olhos no tecto, dentes cerrados
Dor infinita, pensamento ruim
Olha-se o corpo, músculos mirrados
Soluços de dor, tristeza sem fim
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