segunda-feira, 25 de maio de 2009

PEDIDO DE AJUDA


De um compatriota recebi o seguinte e-mail que a seguir transcrevo.
Se alguém poder ajudar, pode fazê-lo para o meu e-mail, facra-r1@hotmail.co.uk
- "Prezado Sr. Facra Rone,

Gostariamos muito de poder contar com o seu auxílio nesta nossa luta de longos anos para encontrar e conhecer algum parente de nosso falecido pai, que era português e que morou alguns anos em Angola.

Somos 2 irmãos e nascemos em Luanda, Angola. Neste momento moro no Brasil e minha irmã mora em Angola. Buscamos parentes de nosso pai HEITOR PINTO DE CARVALHO (ABREU)falecido em 1974 em Angola aos 59 anos. Tenho o nome dos meus avôs paternos (ANTÓNIO ABREU DE SOUSA e MARIA CUSTÓDIA PINTO DE CARVALHO) que achei no livro de arquivos do cemitério onde ele foi sepultado em Luanda.

Pouco sabemos sobre ele, pois em 1974 eu tinha apenas pouco mais de 4 anos e minhã irmã tinha quase 2 anos. Sabemos, pela nossa mãe (que é angolana), que ele era do norte de Portugal (talvés do Porto ou Aveiro) e que tinha 2 filhos (António e Maria) em Portugal, além de uma outra filha portuguesa chamada Isabel Maria ou Maria Isabel (cuja mãe chamava-se OLÍVIA, provavelmente) que morava com ele em Luanda (acreditamos que tenha sido na Rua dos Enganos, nas proximidades do Largo Maria da Fonte) até a morte de nosso pai e que deixou Angola logo a seguir.

Nosso pai trabalhou na EMISSORA CATÓLICA DE ANGOLA. Tudo que temos hoje é o anúncio fúnebre (EM ANEXO) de sua morte postado no antigo jornal "a província de angola" pela nossa irmã portuguesa que se ausentou logo em seguida. Nunca tivemos contacto com ninguém da família aí em Portugal, talvés por pensarem que fomos mortos durante a guerra civil angolana.

Tudo que rogamos agora é que alguém nos possa ajudar a encontrar algum parente nosso ou um antigo amigo, através da fotografia (EM ANEXO) de nosso pai, pois é muito duro passar a vida toda sem conhecer nossas origens. Já estive no Porto em 2005 por apenas uma tarde, mas nada consegui, pois estava num congresso em Coimbra e tive pouquissímo tempo e meu visto era de apenas uma semana.

Agradeço, desde já, pela sua atenção e ajuda. Muito obrigado pelo tempo tomado.

Que DEUS nos abençõe!

Paulo Jorge

domingo, 24 de maio de 2009

GUERRA CIVIL ANGOLANA

No meu modesto modo de analizar esta situação, creio que se está a fazer bem pouco ou mesmo nada, para ultrapassar os ódios gerados pela guerra civil que devastou Angola. 
Seria de esperar que não se mexe-se muito nas feridas resultantes dos sangrentos combates, dos quais resultaram centenas de milhares de vítimas de ambos os lados, para além dos mutilados para o resto da vida. Será que isso está acontecer?
Quando se festejam vitórias de um dos lados e se erguem monumentos para perpetuar isso para as gerações vindouras, creio que se está a esquecer que essas vitórias foram contra irmãos do mesmo país que apenas tinham ideologias diferentes, muitos deles obrigados a lutar por uma causa que não conheciam.
Um monumento a todos os que tombaram? Seria no minimo justificado, mas no meu modo de ver imprescindível para apaziguar os animos, mas nunca enaltecer os feitos de uns dos lados, quando ao que hoje assistimos foi um volt-face do partido então comunista e totalitário a uma ideologia bem próxima daqueles a quem combatia na altura. 
A história de hoje não é a do amanhã, também neste caso, acho que vai ser reescrita.

quarta-feira, 20 de maio de 2009

VINHAS NA CELA?

Pois é, quem havia de dizer que daqui a alguns anos até podemos saborear um vinho oriundo da planalto outrora chamado Colonato da Cela.
Tanto quanto sei, foram feitos alguns estudos que dão como provado a viabilidade da vinicultura naquela região e até já há alguém que no local começou a plantar as primeiras videiras. Esperamos que esta aventura seja um sucesso e contribua para o desenvolvimento da nossa "antiga" Santa Comba, hoje Waco Kungo.
Outra novidade que me chegou, é que não há necessidade de se ir para as Lundas à procura das "camangas", pois segundo dizem, estas também não são raras em algumas áreas do Kuanza Sul. Quem diria, que andamos com os pés em cima delas e nunca vimos nenhuma!

terça-feira, 19 de maio de 2009

CRIAR FORUMS

Na era da Internet muitos são aqueles que procuram criar um forum para compartilharem vivencias e registarem arquivos apenas num só lugar.
Com o fim de ajudar nas escolhas do site onde deve armanezar o seu forum e dar algumas dicas que julgo importantes antes de avançar, abri o site www.criar-foruns.com.
É ainda bastante recente e por conseguinte ainda não tem muitas mensagens, mas prometo que vou inserindo se não diárimente, pelo menos com alguma regularidade informações que julgo úteis para quem pretende começar e não cair em alguns erros que eu caí.

sábado, 16 de maio de 2009

OS NOVOS RETORNADOS

Na altura da descolonização das províncias ultramarinas, chamaram "retornados" tanto àqueles que efectivamente retornavam às suas terras de origem, como também a dezenas de milhar de outros que haviam nascido nessas terras e que tiveram de abandonar.  Como já o disse várias vezes, a estes o tal "termo" não se pode aplicar, antes eram refugiados de uma guerra que Portugal incentivou a desenvolver-se. Mas o mundo dá voltas!
Alguns desses que não se enquadravam nessa designação , são hoje novamente chamados de "retornados" e agora estão plenamente de acordo com o tal termo. Falo como já entenderam, dos naturais de Angola e que agora retornam àquele país. Estive há dias a falar com uma pessoa amiga que por lá ficou e agora tem o previlégio (e também o trabalho) de receber alguns amigos que têm a coragem de voltar e ajudar na reconstrução.
Confesso que não me acho com tal coragem, nem tão pouco penso num regresso ainda que fosse de passeio, mas não deixo de registar essa coragem de todos aqueles que agora fazem essa viagem de "retorno".
Esses sim, devem ser chamados de "RETORNADOS".

sexta-feira, 15 de maio de 2009

QUIRIMBO 70

Muitos me têm perguntado o porquê do pseudonimo "Quirimbo 70" que eu uso nos meus livros.
A explicação é simples: tanto o nome Quirimbo como o Setenta, têm a ver com duas pequenas povoações perdidas no mato em Angola.
Mesmo que tenhamos andado por muitos lados, que os anos passados noutros lugares até sejam superiores, estou em crer que são os anos do princípio da nossa adolescencia, aqueles que ficam mais vincados na nossa mente. Foi precisamente no Quirimbo onde completei a instrução primária e embora seja um lugar que na altura apenas tinha além da escola e da casa do Administrador de Posto, mais dois comércios, onde ficaram as minhas melhores recordações daqueles lindos pôr-do-sol e daquele cheiro intenso a terra a molhada.
Quando pensei escrever debaixo de um pseudonimo, facilmente um nome surgiu: Quirimbo!
Setenta, tem a ver com uma pequena estação de caminhos de ferro que ficava uns poucos de quilómetros abaixo do Quirimbo. Então aqui estava o nome que iria usar: Quirimbo70!

segunda-feira, 4 de maio de 2009

ESTAREI ERRADO?

Custa-me bastante aceitar quanto oiço alguns retornados (poucos), afirmarem que os europeus tinham de sair de Angola na altura da independência. Já ouvi mesmo a frase que éramos colonizadores e tínhamos de descolonizar!
Aceito que existia em Angola uma "classe" de protegidos, grandes empresas que enriqueceram à custa do suor de negros, mas também de brancos. Não aceito contudo que se meça tudo pela mesma bitola. Será que o que distingue os verdadeiros angolanos é a cor da pele? Porque nunca fui nem sou racista acredito que não, por isso considero-me tanto angolano como os meus amigos e tenho bastantes de pele escura.
Será que a vinda apressada e o colapso de todo um sistema beneficiou Angola?
Os factos respondem por si. Um país 30 anos estagnado, mais de um milhão de mortos e outras centenas de milhar de mutilados! O que me admira nisto tudo é o silencio, o não apontar de responsabilidades e até o admirar dos responsáveis que deveriam no mínimo remeter-se ao silencio e deixarem de andar a pavonear-se como se tivessem sido uns heróis, quando na verdade não passaram mesmo de uns cobardolas, ao abandonarem à sua sorte mais de um milhão de pessoas que sempre acreditaram trabalhar na "sua" terra.
Continuo acreditar que um dia a história dos dois países vai ser reescrita e o dedo apontado a nomes sonantes dos nossos actuais governantes!
Para aqueles que vieram na "leva" de 1975 e se expressam da forma como acima citei, só deixo uma palavra: se assim pensam, foi pena não terem vindo mais cedo, porque destes, Angola não precisava!

sexta-feira, 1 de maio de 2009

LANÇAMENTO DE LIVRO


Gostaria de convidar todos os amigos e leitores do blogue, para o lançamento do meu livro "Retalhos" a ser realizado dia 13 no Auditório da Biblioteca de Castelo Branco às 21 horas.